Várzea Grande se tornou referência em Mato Grosso no atendimento às pessoas com deficiência (PCDs) matriculado na rede municipal de ensino. Mais de 1.100 estudantes recebem atendimento especializado, além de acompanhamento integral por técnicos durante o horário escolar. Os bebês, crianças e jovens recebem atendimento especializado nas áreas de psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, serviço social e psicomotricidade aquática.
Esse acompanhamento é prestado de forma totalmente gratuita às famílias que passam a ter acesso de forma regular, a serviços muito importantes para o desenvolvimento e inclusão de crianças e jovens PCDs, que na rede privada costumam ser caros e acabam limitando o acesso de muitas pessoas às terapias e atividades desportivas e terapêuticas.
Além do suporte terapêutico, a educação inclusiva em Várzea Grande tem outro diferencial: a presença de técnicos em sala de aula, assegurando a inclusão de crianças e jovens especiais na comunidade escolar e oportunizando seu desenvolvimento, um direito constitucional, e estabelecido no Plano Nacional de Educação (PNE), que trata da obrigatoriedade de pessoas com a deficiência e com qualquer necessidade especial, frequentar ambientes educacionais inclusivos.
Ter um técnico capacitado para prestar apoio à criança e ao jovem, como ocorre nas unidades de Várzea Grande, é garantia de acolhimento e de suprimento de necessidades. “O nosso objetivo é trabalhar e evoluir cada vez mais a construção de uma visão inclusiva, garantindo a todos o direito à Educação”, pontua a coordenadora do Centro Municipal de Atendimento e Apoio à Inclusão “João Ribeiro Filho”, Benedita Loadir Pereira Leite, mais conhecida como Tika Leite.
Renata Ferreira, mãe do David Silva, autista, explica que foi na escola que a necessidade do filho foi descoberta e que o atendimento no Centro Municipal de Atendimento e Apoio à Inclusão “João Ribeiro Filho” foi uma ponte para que o filho pudesse acessar às atividades não apenas das terapias como das atividades do Centro Paralímpico.
“Ele faz terapias, como a equoterapia, e tudo gratuitamente. Desde que passou a ter acompanhamento o David vem evoluindo muito, está mais sociável, mais independente na escola e em casa. Se não fossem essas oportunidades aqui, meu filho não teria evoluído em nada. Não teria condições de pagar”.
Keitiane Campos, mãe do Matias, que tem baixa visão, destaca o desenvolvimento do filho a partir da participação nas terapias e na sala multifuncional, que tem contribuído muito no rendimento escolar. “Meu filho é independente, não precisa de técnico, mas frequenta terapias aqui no Centro Municipal e todo esse acolhimento traz um diferencial diário à autonomia dele”, destaca. Tão importante quanto a evolução do filho, Keitiane destaca a oferta gratuita das terapias. “Não teria condições de pagar por esses serviços e com certeza não veria o desenvolvimento e a independência do Matias”.
CENTRO MUNICIPAL – O espaço acolhe pessoas a partir de um ano com autismo, síndrome de Down, deficiência física, visual, auditiva, deficiência intelectual e outros transtornos, tais como o de hiperatividade (TDH), transtorno de leitura e escrita (Dislexia) e transtorno de aprendizagem, matriculados nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), as antigas creches, e das Escolas Municipais de Ensino Básico (EMEBs). Todos os assistidos têm transporte escolar diariamente da unidade escolar mais próxima da residência para o Centro Municipal.