A empresa CS Mobi, responsável pela cobrança de estacionamento rotativo em Cuiabá, propôs à prefeitura a rescisão do contrato mediante o pagamento de R$ 135 milhões. O prefeito Abilio Brunini (PL), no entanto, classificou a proposta como “irreal” e afirmou que não aceitará o acordo nos termos apresentados.
Segundo o prefeito, o contrato possui cláusulas que permitem o rompimento sem a necessidade de pagar essa quantia. Ele também ressaltou que a Câmara de Vereadores deve abrir uma CPI para investigar o contrato, enquanto a prefeitura aguarda a melhor solução. Além da proposta milionária, a CS Mobi sugeriu que a prefeitura suspendesse os pagamentos mensais de R$ 650 mil previstos no contrato, mas que a cobrança dos motoristas continuasse.
O prefeito demonstrou preocupação com essa possibilidade, afirmando que a empresa poderia continuar arrecadando sem realizar os investimentos prometidos, como melhorias em calçadas, pontos de ônibus e um mercado municipal.
“Prever um monte de coisa, papel aceita qualquer coisa, mas na prática a gente não tem visto essas melhorias aqui no município de Cuiabá. A obra do mercado da Miguel Sutil estava parada, foi retomado há pouco tempo, então eu acredito que a CPI da Câmara, poderá investigar esses contratos, enquanto nossa parte aqui, nós temos a Controladoria, nós temos os nossos setores de fiscal de contrato que vão também acompanhar e verificar sobre esses contratos”, destacou.
A prefeitura atrasou pagamentos à empresa em 2024, durante gestão de Emanuel Pinheiro, e a CS Mobi chegou a contrair um empréstimo utilizando o município como fiador, sem aprovação legislativa.
Diante do impasse, o prefeito mantém a intenção de romper o contrato de forma amigável, mas, se necessário, pretende recorrer à Justiça para encerrar o vínculo. Enquanto isso, a cobrança pelo estacionamento rotativo segue normalmente para os motoristas. “O contrato ainda não foi rompido. Então, enquanto o contrato não for rompido, não podemos suspender o pagamento”, comentou.
(Olhar Direto)