Dois policiais militares foram apontados como executores da chacina ocorrida na madrugada de quarta-feira (27) em Rondonópolis-MT. Na data, Oziel Ferle da Silva, 35 anos, William Ferreira de Oliveira Filho, 25 anos, Odinilson Landvoidt de Oliveira, 41 anos, e Thiago Rodrigues Lopes, 37 anos, foram baleados na região central do município. Odinilson e Thiago morreram no local. Oziel e William foram socorridos. Uma denúncia anônima repassada ao AGORAMT descreve detalhes do que ocorreu.

Segundo a denúncia, um policial militar é lotado em Rondonópolis e o outro lotado no Bope, em Cuiabá.

“Na madrugada desta quarta-feira (27), por volta das 2h, após ingerirem bebidas alcoólicas e outras substâncias, resolveram sair pelo Centro da cidade atirando a esmo em pessoas em situação de rua e usuários de entorpecentes que encontrassem com uma espécie de esporte macabro” diz parte da denúncia.

Local do crime – Foto: Varlei Cordova/AGORAMT

 

Em outro ponto, o denunciante afirma ainda que foram usadas duas pistolas Glock 9mm da PM e um revólver 38 sem registro, cujo dono é um dos policiais.

Depois da ação, um dos policiais acabou sendo atingido na panturrilha pelo outro, ainda dentro do veículo usado. Ele foi levado à Santa Casa de Misericórdia e contou que estava caçando na região de Itiquira quando ficou ferido.

O outro policia o deixou para receber atendimento médico e saiu.

No BO registrado no dia pela Polícia Militar, consta que o policial chegou a ser abordado e revistado, mas nenhuma arma foi encontrada.

A Polícia Militar divulgou uma nota sobre o caso afirmando que está tomando todas as providências na direção de responsabilizar os envolvidos. Leia a nota na íntegra.

“Nota à imprensa

Exaltar como fazemos o trabalho honrado da esmagadora maioria de policiais militares não nos poupa o dever, em ocasiões como esta, de constatar a existência nefasta de uma minoria que conspurca a farda que enverga. Ao tomar conhecimento da participação de dois policiais militares nos bárbaros homicídios em Rondonópolis dias atrás, nosso sentimento é de desgosto e zelo pela tropa que não se confunde com tais práticas. Dessa forma, temos a informar que a PMMT toma desde já todas as providências na direção de responsabilizar os envolvidos em sede disciplinar. Ressaltamos ademais que ambos foram devidamente identificados, e que, nesta hora, a investigação da Polícia Civil conta irrestritamente com todo nosso apoio. Por fim, assevero que a Corregedoria da PMMT através dos procedimentos cabíveis dará a pronta resposta à sociedade mato-grossense, em vista da Vida, bem-maior que defendemos e dos policiais militares que fazem jus a esse propósito.

Alexandre Mendes – Cel PM

Comandante-Geral da PMMT”

(AgoraMT)