Mais eficazes e duradouros, os métodos contraceptivos de longa duração têm ganhado cada vez mais a atenção das brasileiras. Também chamados de LARC’s – sigla inglesa para Long-Acting Reversible Contraception – a médica ginecologista Fabiany Bertaglia afirma que tanto o DIU como o implante de etonogestrel geram curiosidade e interesse a cada ano que passa.

 

“Os métodos podem ser utilizados por três ou mais anos, além disso têm uma grande vantagem de não dependerem da nossa memória. Ou seja, uma vez colocados, vão agir mesmo que nós não nos lembremos deles”, afirma Fabiany, que atende em Cuiabá.

 

Os principais e mais procurados, de acordo com a médica, são o Dispositivo Intrauterino (DIU) e Sistema Intrauterino (DIU Hormonal), além do implante de etonogestrel. Os dois primeiros devem ser inseridos por médicos, dentro do útero. No caso dos implantes, eles são dispositivos plásticos colocados na subderme, com liberação contínua de progestagênios.

 

“Enquanto o DIU e o DIU Hormonal podem proteger a mulher durante 5 a 10 anos, dependendo do produto, o implante de etonogestrel tem uma duração de 3 anos”, explica Fabiany Bertaglia.

 

Ainda, conforme a profissional, a eficácia dos DIU’s e do implante de etonogestrel é maior do que de métodos de curta ação, como pílulas anticoncepcionais, anel vagina adesivo ou injeção. “E também são reversíveis: uma vez retirados, perdem rapidamente sua ação”, completa Fabiany Bertaglia.

 

A médica ginecologista reforça também que os LARC’s são recomendados para todas mulheres que desejam contracepção eficaz, incluindo adolescentes, nuligestas (mulheres que nunca estiveram grávidas), mulheres no pós-parto ou pós-aborto e em comorbidades que possam caracterizar contraindicações aos métodos contendo estrogênios.