O deputado federal Nelson Barbudo (PL) retomou o debate sobre a reforma do Código Penal ao defender, em entrevista ao Jornal do Meio Dia da TV Vila Real na quarta-feira (22), a pena de morte, comparando a legislação brasileira à dos Estados Unidos. Ele sugeriu que a falta de mudanças pode estar ligada à presença de parlamentares com possíveis vínculos com facções criminosas.

Não estou aqui dando nomes. Mas sabemos que, em todos os lugares, há gente que faz parte. Aqui em Cuiabá, nas eleições passadas, foi dito que houve apoiadores do crime organizado. Lá na Câmara dos Deputados, com certeza também tem gente que está lá por causa das facções. Então acho que é por isso que [o Código Penal] não muda, afirmou Barbudo.

O deputado defendeu uma reforma urgente do Código Penal, destacando que, se dependesse dele, a modernização seria feita em seis meses. Hoje, advogados e policiais militares estão enxugando gelo. Eu sou totalmente favorável à mudança e fico horrorizado porque a Câmara e o Senado não fazem isso.

Sobre a castração química, Barbudo criticou a sinalização do governo federal de vetar o projeto. Para ele, a medida iria contra a vontade popular. Não há justificativa para o veto. O governo está do lado do criminoso ou do cidadão de bem? Ele precisa respeitar a vontade do povo. Nós aprovamos a lei.

Emendas

Barbudo também se mostrou indignado com o bloqueio de suas emendas de 2023, destinadas à saúde de municípios como Chapada dos Guimarães, Acorizal, Santo Antônio e Vera. Segundo ele, o bloqueio foi injustificado. O Judiciário tem que separar o joio do trigo. Não tenho emendas Pix, não havia motivo para bloqueio, disse, referindo-se à decisão do ministro do STF Flávio Dino. (Gazeta Digital)