Kleber Ferraz Albuês foi exonerado da assessoria do vice-presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Campos (União). no dia 2 deste mês de junho, portanto seis dias antes que alguns sites cuiabano noticiassem que o mesmo será julgado no próximo dia 27, pelo sequestro assassinato e ocultação de cadáver do músico Thiago Festa Figueiredo, no ano de 2011, em Cuiabá.
Antes do crime que lhe é atribuído, Kleber foi policial civil. Além dele, e pelo mesmo crime, o técnico em informática Hueder Marcos de Almeida também será julgado pela 1ª Vara Criminal de Cuiabá, segundo determinou a juíza Cristiane Trombini Puia Baggio, no dia 3 deste mês.
O ex-policial civil Kleber Ferraz Albuês, que irá a júri popular pelo sequestro, assassinato e ocultação do corpo do músico Thiago Festa Figueiredo, em Cuiabá, no ano de 2011, foi exonerado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na segunda-feira (2), onde atuava como assessor do vice-presidente do Legislativo, Júlio Campos (UNIÃO). O parlamentar revelou que tomou conhecimento da ação no final de semana, por meio de assessores, e que na segunda-feira, o demitiu de imediato. “A demissão aconteceu um dia antes que a juíza de Direito Dra. Cristiane Trombini anunciasse no dia 3, a data do julgamento para o dia 27”, observa Júlio Campos.
Antes de comentar o episódio, Júlio Campos destacou que a família da vítima precisa de amparo, de solidariedade e de uma resposta da Justiça. “Peço a Deus que conforte os corações dos familiares e amigos do jovem Thiago Festa, que teve a vida ceifada como mais um capítulo da violência banalizada”, acrescentou.
Sobre a contratação de Kleber Ferraz, Júlio Campos fez duas abordagens. Primeiro disse que infelizmente o índice de crimes violentos é muito alto em Mato Grosso e no país inteiro. “Não me lembro se li à época sobre esse triste episódio, ocorrido há 14 anos”, observou. Segundo ele, mesmo quando alguém lê sobre um crime, com o passar do tempo a tendência é esquecer. “A volatilização é inevitável. Você se recorda um dia depois, até com riqueza de detalhes, mas uma semana, um mês, um ano, 10 anos depois, e lendo sobre outros crimes ao longo desse período, é impossível manter aquela informação na memória”, sintetizou. Depois argumentou que toda contratação pela Assembleia Legislativa requer a apresentação de documentos, que são analisados, aprovados ou recusados pelo Recurso Humano do Parlamento. “A pessoa tem que apresentar documentos pessoais, comprovante de domicílio, certificação de escolaridade, certidões do Cível e do Crime, além de outras exigências. Não é o deputado quem faz a checagem documental. Essa parte terá que ser explicada pelo setor competente”, citou.
O deputado disse ainda que a exoneração “é o óbvio” em situações assim, mas que a Justiça concederá amplo direito de defesa ao ex-servidor comissionado e que somente a decisão judicial com trânsito em julgado poderá definir pela culpa ou não.