Nesta última terça-feira(11.03), a deputada federal Gisela Simona(União Brasil) alertou os consumidores em seu perfil no Instagram, sobre a venda do já conhecido ‘café fake’, que pode ser produzido a partir de cascas, palha, folhas, paus ou qualquer parte da planta exceto a semente do café, em uma clara tentativa de burlar e enganar o consumidor. Uma bebida que além de estar longe do nosso bom e tradicional cafezinho, ainda é nocivo à saúde.
“Cuidado com o café fake. Principalmente, neste momento da alta no preço do café, e quando o nosso cafezinho começa a pesar no bolso vem nessas horas gente fazendo de tudo para levar vantagem. A mais nova é o café fake. Tem cor de café, tem cheiro de café, parece café , mas não é café”, alertou a deputada.
O produto que é preparado com “sabor café”, mas que não é o mesmo que o pó de café, pode confundir consumidores ao tentar imitar as embalagens de marcas famosas, com descrição em letras pequenas, na parte de baixo dos pacotes: “pó para preparo de bebida sabor café”.
Em janeiro, um pacote de 500 g de uma marca de pó saborizado poderia ser encontrado nos supermercados por R$ 13,99, informou a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), já o verdadeiro café na mesma quantidade está custando em média R$50.
Gisela alerta que o consumo do café fake pode trazer graves prejuízos à saúde pela composição que há no produto.
“O consumo do café fake pode trazer graves prejuízos gastrointestinais e até intoxicação. No código de defesa do consumidor, está contido no seu artigo 18 que produtos fraudados, adulterados, nocivos à saúde, impróprios ao consumo, não podem ser comercializados”, explicou.
No mês passado, o governo federal apreendeu produtos suspeitos de serem “café fake”, também apelidados de “cafake”. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a matéria-prima utilizada no produto comercializado também foi apreendida. Além de investigar os produtos coletados, o ministério também verifica se todos os produtos chamados de “pó sabor café” são considerados fraudes ou se podem se enquadrar na legislação, por exemplo, na categoria de “preparados sólidos” ou na de “mistura para preparo de alimentos”.
A parlamentar federal ainda orienta os consumidores que caso encontre nas prateleiras o café fake ou até mesmo compre por engano, que busque seus direitos e faça denúncia no Procon.
“Em caso de abusos, de fraudes, contate o Procon e exerça os seus direitos. Aqui na Câmara dos Deputados continuo como sempre lutando por um preço justo para o café, além de outros demais alimentos. Seguindo firme na defesa dos seus direitos e do nosso Mato Grosso. Fazendo mais do jeito certo”, disse.
Gisela ainda dá uma dica simples para quem está em dúvida se o produto comprado é o nosso velho e bom café ou o ‘novo café fake’.
“Se você já comprou um café e tem dúvida faça um teste simples: você pega uma colher com o pó do café e o coloca em um copo de água fria. Se o pó descer para o fundo do recipiente rapidamente é café fake”, explicou.