A deputada federal Amália Barros (PL), de 39 anos, faleceu no final da noite deste sábado (11) no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde estava internada desde o dia 1º de maio quando foi submetida à remoção de um nódulo no pâncreas.

Mais cedo, o deputado Abílio Brunini (PL) pediu orações pela amiga nas redes sociais. Segundo o parlamentar, o estado de Amália havia piorado.

De acordo com o boletim médico, Amália passaria por mais uma cirurgia neste sábado (11) para tratar complicações no fígado.

ENTENDA O CASO

Amália Barros tem visão monocular e apenas um rim em decorrência de aplicação equivocada de medicação para tratamento de um dos olhos. A deputada federal passou por cirurgia em janeiro deste ano para retirada de meio quilo de mioma no útero. Em 1º de maio, foi internada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para tratamento no pâncreas. Horas após ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) os médicos identificaram uma hemorragia e a submeteram a nova cirurgia. Na terça-feira (7), ela passou pelo terceiro procedimento invasivo para drenagem das vias biliares e na noite de quinta-feira (9) uma radiointervenção.

QUEM ERA AMÁLIA BARROS

Amalia Scudeler de Barros Santos nasceu em 22 de março de 1985, na cidade paulista de Mogi Mirim. Formada em jornalismo, ela transformou em luta um drama pessoal. Aos 20 anos de idade, Amália perdeu a visão do olho esquerdo por conta de uma infecção, a toxoplasmose. Após passar por 15 cirurgias, ela teve, em 2016, que remover o olho e passar a usar uma prótese ocular.

Em 2021, Amália lançou o livro “Se Enxerga!: Transforme desafios em grandes oportunidades para você e outras pessoas”, contando sua história, fundou o Instituto Amália Barros, rebatizado posteriormente como Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular. Por meio dele, a deputada federal realizou diversas campanhas de arrecadação de recursos e doações de próteses oculares e lentes esclerais, beneficiando milhares de pessoas.

Além disso, ela se dedicou à aprovação da Lei. 14.126/2021, que classificou a visão monocular como deficiência sensorial e deu às pessoas com visão monocular os mesmos direitos e benefícios previstos para pessoas com deficiência.

Filiada ao Partido Liberal (PL), a jornalista foi eleita deputada federal por Mato Grosso, em 2022, recebendo mais de 70 mil votos, aproximadamente 5% dos votos do estado. Na Câmara, ela passou a integrar as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher e da Educação, entre outras