A demissão de Marcelo Chamusca – técnico que deixou o Cuiabá às vésperas do jogo contra o Grêmio pelas quartas de final da Copa do Brasil – depois de apenas nove rodadas no comando do Fortaleza, com apenas uma vitória e a queda na tabela de 11º para 15º lugar evidencia o que já parece claro sem nem sequer olhar para a tabela: a mudança de Rogério Ceni não fez bem a ninguém. Claro que é precoce analisar situações depois de onze partidas do Flamengo sob nova direção e de nove jogos do Fortaleza com Chamusca. A análise é de PVC.

A demissão de Chamusca é injusta, porque veio depois de uma derrota contra o Sport, quando o Fortaleza tinha dez jogadores contaminados pela covid, e porque na rodada anterior o Tricolor de Aço empatou justamente contra o Flamengo, poderoso.

Mas aqui se avalia o momento atual, por cruel que seja. Rogério estreou no Brasileiro como técnico do Flamengo no dia 14 de novembro, com empate contra o Atlético Goianiense. Estava e permanece em terceiro lugar, atrás de São Paulo e Atlético Mineiro. Em onze partidas, ganhou quatro vezes, empatou quatro e perdeu três. As vitórias foram contra o Coritiba (lanterna), Botafogo (penúltimo colocado), Bahia (16º lugar) e Santos, com os reservas.

Enquanto isso, o Fortaleza caiu de 11º para 15º lugar.

Seria simplista dizer que apenas a mudança causou a queda do Fortaleza, porque Marcelo Chamusca pediu demissão do Cuiabá, que segue na trilha e no terceiro lugar, em busca do acesso à Série A.

Não é só isso. Mas até este momento, a troca de comando fez mal ao Fortaleza e não fez bem ao Flamengo. (PVC/Globo Esporte)