O delegado Geordan Fontenelle, que atua na delegacia de Peixoto de Azevedo (672 km de Cuiabá), recebia propina mensal de garimpeiros da cidade. Informação consta na decisão da juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 2ª Vara Criminal de Peixoto de Azevedo, que veio à tona nesta quarta-feira (17), com a ‘Operação Diaphthora’.

De acordo com as investigações, o ‘mensalinho’ era repassado pela Cooperativa dos Garimpeiros de Peixoto (Coogavepe) ao delegado em troca de favorecimento a eles.

Em conversas interceptadas nas investigações, Fontenelle admite receber a propina e demonstra preocupação com o provável fim do repasse em função da deflagração da ‘Operação Hermes’, da Polícia Federal, que mirou o comércio ilegal de mercúrio.

Geordan Fontenelle foi preso nesta quarta no bojo da ‘Diaphthora’, que descortinou a existência de uma associação criminosa composta por policiais civis, advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo.

Além das vantagens ilegais, a polícia constatou a prática de advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial.

Em uma das transações, conforme as investigações, Geordan Fontenelle teria sido beneficiado com uma caminhonete Mitsubishi MMC/L200 Triton Savana de cor amarela, juntamente com uma mochila preta que supostamente continha dinheiro, supostamente entregues pelo sobrinho do ex-governador Silval Barbosa, Antônio da Cunha Barbosa Neto.

Ao todo, foram cumpridos 12 ordens judiciais, sendo dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares.

O delegado também costumava ostentar uma vida de luxo nas redes sociais, sempre postando imagens de viagens internacionais a de

(HNT)