O advogado Pedro Henrique Marques, em entrevista exclusiva para o HNT, questiona a falta de provas físicas da polícia contra seu cliente, o coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini, que está preso em Cuiabá. Segundo ele, a prisão aconteceu baseada no depoimento do suposto pistoleiro Antônio Gomes, que disse que o militar seria o financiador do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023.

O advogado acredita que tal alegação não irá se sustentar por longo prazo e, mesmo com o indiciamento criminal contra seu cliente, sua prisão não deverá ser mantida.

“O depoimento do Antônio é o único elemento a respeito desses R$ 20 mil que o coronel teria pago. Não existe uma transferência bancária, nem mesmo um contato registrado sobre este pagamento. Afinal, se o Etevaldo seria o financiador, significa que tem um mandante e esse dinheiro viria deste mandante e, claro, o coronel receberia algo. Então, cadê? A verdade é que não existe esse rastro”, reforçou o advogado.

A defesa demonstrou grande preocupação quanto ao indiciamento do coronel, mesmo sem uma prova física. Segundo ele, até o momento, não existe nenhum documento anexado ao inquérito que comprove este pagamento, e o fato de se conhecerem, para ele, não prova o envolvimento do Etevaldo no crime.

Além disso, o advogado salientou que a polícia ainda não conseguiu ligar o nome do coronel a uma motivação clara no assassinato, uma vez que a suposta mandante do crime, a empresária Maria Angélica Gontijo, não será mais indiciada por falta de elementos criminais.

O CRIME

Roberto Zampieri foi assassinado com ao menos 10 tiros no dia 5 de dezembro de 2023, dentro de seu carro, em frente ao seu escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.  Durante as investigações, foi descoberto que o assassino chegou a ir ao escritório do homem um dia antes para conhecê-lo pessoalmente e verificar sua rotina. (HNT)