Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, em entrevista coletiva nesta terça (23.04), em Cuiabá, falou sobre a possível posição do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em relação ao apoio ao pré-candidato a prefeito de Cuiabá pelo União Brasil, deputado Eduardo Botelho.

França enfatizou que, apesar do PSB fazer parte da federação ao lado do Partido dos Trabalhadores (PT) no cenário nacional, em âmbito local, as decisões de apoio político são autônomas.

Ao ser questionado sobre a participação do PSB no cenário político de Mato Grosso e a possibilidade de apoiar um candidato fora da federação, o ministro explicou que o PSB nacional é parte do Governo Lula, mas que o presidente representa todos os brasileiros, independentemente de sua afiliação política. “Desde o presidente Lula é presidente da República, ele é presidente de todos os brasileiros, dos que votaram nele, dos que não votaram do partido dele, do que não é do partido dele”, afirmou.

França ressaltou que, embora Lula tenha suas preferências partidárias como membro do PT, as decisões sobre apoios em nível local não precisam seguir rigidamente a linha nacional. Ele mencionou exemplos como São Paulo, onde o PSB tem uma candidata própria, Tabata Amaral, que concorre com um candidato do PT, Guilherme Boulos. “Em São Paulo, nós temos uma candidata à prefeita Tabata Amaral que concorre com o candidato dele, que é o Boulos, faz parte do jogo político. A gente torce para que vão os dois para o segundo turno, fica melhor assim, mas se não for, a disputa é disputa”, acrescentou.

O ministro destacou que a competição política local tem sua própria dinâmica e que, mesmo dentro da federação, as disputas ocorrem normalmente. No caso de Cuiabá, se o PSB decidir apoiar Eduardo Botelho, seria um reflexo da autonomia local, sem necessariamente comprometer as alianças nacionais.

França concluiu sua resposta lembrando que, ao final das disputas, as partes tendem a se unir pelo bem do Brasil, mas que a decisão sobre apoios políticos é uma escolha local.

“No final a gente, claro, se une pelo bem do Brasil, mas na disputa local a decisão é sempre local”.

(VGN)