Investigações da Polícia Civil no âmbito da Operação Assintonia revelaram que uma liderança do Comando Vermelho, presa na Penitenciária Central do Estado (PCE), comandava a venda de armas de fogo de diferentes calibres, incluindo um fuzil, munições e até explosivos para viabilizar crimes, entre eles a execução de agentes de segurança.

Nesta quarta-feira (26) estão sendo cumpridas 72 ordens judiciais contra o líder da facção no médio-norte do Estado e os “soldados” de sua “tropa”.

De acordo com as informações, foram comercializadas pistolas, carabinas, revólveres, um fuzil, munições e explosivos com finalidade de revenda e também para a execução de crimes como roubos e homicídios de criminosos de facção rival e policiais.

O comércio de artefatos bélicos, porém, é só uma das “frentes” comandadas pelo detento da PCE. Também foram identificadas atividades de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Com relação à venda de entorpecentes, o comércio é dividido em “lojinhas”, como são chamadas pelos criminosos as bocas de fumo. Cada integrante responsável pela “lojinha” deve prestar contas das vendas e repassar o lucro à facção no fim de cada mês.

Além de coordenar todo o tráfico de entorpecentes na região norte de Mato Grosso, o principal alvo da operação, preso na PCE, também é responsável por impor uma espécie de cobrança/mensalidade às empresas locais da região, para que estas sejam “protegidas” pela facção criminosa, garantindo assim, que não serão roubadas/furtadas, e caso seja, tenha seu problema resolvido pelo grupo criminoso.

Atuação do núcleo da facção se dá principalmente nas cidades de Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte e Sorriso.

Com informações da assessoria

(HNT)