A história de Cuiabá é feita de pedacinhos. Fragmentos de vida, de memória, de cultura que, espalhados ao longo de gerações, formam o mosaico identitário da capital mato-grossense. Cada cuiabano — de nascimento ou de coração — carrega em si um pedaço dessa cidade quente, acolhedora e cheia de alma.
Esses pedaços estão nos livros, nas músicas, nas festas e nas ruas. Estão no legado de nomes que marcaram a cultura local, como Rubens de Mendonça, Silva Freire, Mestre Albertino, Mestre Inácio, Moisés Martins, Lenine Póvoas, Liu Arruda, Bolinha, Roberto Lucialdo, Roberto França e tantos outros. São nomes que deixaram rastros vivos — ainda que discretos — de resistência e construção cultural.
– O que fazer diante de um arrogante
– Homenagem ao grande líder Alair
– O pensamento está entre o passado e o futuro
– Saber usar a vontade sugestiva
– Os nossos conflitos são internos
– Novos focos e novas realizações
– As histórias cuiabanas e os políticos
-Marechal Rondon: “Morrer, se preciso for. Matar, nunca”
-Raízes cuiabanas
-Compras de votos indiretamente
-A vida é um recomeçar constante
-As mudanças serão sempre bem vindas
– Um novo tempo, apesar dos perigos
–Desenvolver o autoconhecimento
-A eleição e os monstros democráticos
-O tempo não se mede com palavras
-Novos projetos trazem emoções positivas
-Os momentos de superações são permanentes
-O buracão do Largo do Rosário
-Está faltando respeito entre as autoridades

Estão também nas festas religiosas: São Benedito, Senhor Divino, São João… Eventos que uniam fé, tradição e convivência, embalados pelos sabores do chá com bolo após a missa, pelos bailes de Juja e Beleca, onde a noite virava dia e o dia, pura celebração.
Há também os pedaços de saudade. Os que partiram deixaram o dever, aos que ficaram, de manter acesas as raízes fincadas nesta terra de calor e diversidade. Uma terra onde as influências se misturam: o “orra, meu” dos paulistas, o “tchê” dos gaúchos, os sotaques e expressões nordestinas… Mas, mesmo com tantas vozes, a cuiabanidade resiste no “Vooootê!”, no “Chá por Deus!” ou no clássico “Levou quem trouxe”.
Somos frutos de gerações que chegaram e se fixaram. E aos recém-chegados, fica o convite: espalhem seus próprios pedacinhos por aqui. Aos poucos, com o tempo e a convivência, vocês também se tornarão parte deste solo afetivo. Seus filhos e netos crescerão com sotaque misturado, com gosto por peixe frito e cerveja gelada, com orgulho de serem quase cuiabanos — ou quem sabe, completamente.
Nesta cidade de sentimentos intensos, sorrir diante da ofensa, estender a mão ao que sofre e abraçar como resposta ao desequilíbrio é mais que cultura — é espiritualidade. Aqui, conviver é um ato espontâneo, controlado apenas pela empatia.
Ser cuiabano é mais que desejar felicidade: é viver feliz, de forma simples, generosa e intensa. E enquanto houver quem plante pedacinhos por essa terra, Cuiabá continuará sendo o lugar onde a história pessoal de cada um se mistura com a história de todos.
*WILSON CARLOS FUÁH é economista; especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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