O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), cortou mais de R$ 324 milhões do orçamento para este ano da Secretaria Municipal de Obras Públicas. A pasta é responsável, entre outras coisas, pela manutenção das ruas e avenidas da cidade. O corte, destaca o chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fabio Garcia, demonstra o descaso da gestão com o município, abandonado e com vias esburacadas e, em alguns casos, praticamente intransitáveis.

“A conta da má gestão, da corrupção e da ineficiência é paga pela população. Esse corte de mais de 40% na Secretaria de Obras significa, de forma clara, que o prefeito não tem nenhum interesse, nenhuma preocupação com a situação vivida pelos cuiabanos, que vivem em uma cidade definitivamente abandonada”, destacou.

Em 2023, a Lei Orçamentária Anual (LOA) alocou mais de R$ 786 milhões em recursos para a pasta. Já para este ano, o montante a ser gasto não atinge R$ 463 milhões. “Se com os R$ 786 milhões, o serviço era ruim, ineficiente, com verdadeiras crateras surgindo todos os dias, imagina o que devemos esperar desta administração com esse corte”, lembrou Fabio.

Os cortes realizados por Emanuel nos valores gastos, não somente na Secretaria de Obras, mas em diversas áreas, reafirma a situação difícil nas contas do município. De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), o rombo no caixa da prefeitura é superior a R$ 1,7 bilhão.