O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), e o secretário municipal de Cultura, Jhony Everson (União Brasil), não garantem realizar o Carnaval 2025 com recursos do município. Dupla diz que o momento é de cautela por causa do possível rombo financeiro que existe nas contas da Capital. A nova gestão foi empossada nesta quarta (1º de janeiro) e está analisando o cenário.
Em entrevista à imprensa, Abilio disse que não é momento de pensar em fazer festa porque sua prioridade será honrar os compromissos quanto ao pagamento de salários pendentes e de medicamentos adquiridos.
“Acho que nesse momento a gente não pode falar de festa. Nesse momento, de nenhuma festa. É um momento da gente pagar os servidores e as dívidas com medicamentos e profissionais da saúde. Então, se a gente conseguir equilibrar as coisas, a gente volta à falar de outros assuntos mais festivos […] Se o estado quiser executar esse ano, fique à vontade”, disse ele.
Já o secretário também seguiu neste mesmo caminho, comentando as dificuldades do curto orçamento da pasta: “A informação que eu tenho, com o pouco que nós conseguimos desenvolver durante o processo de transição, não é muito favorável no aspecto financeiro […] Se não há orçamento, eu não posso gerar falsas expectativas”.
Ele relatou ainda que o deputado estadual Beto Dois a Um (PSB), ligado ao setor cultural, conseguiu articular emendas para a realização do carnaval tradicional por meio da Liga Carnavalesca. Iniciativa conta com o apoio do Secretaria Estadual de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). Além disso, secretário destaca que o Carnaval movimenta a economia da Capital.
“Temos a vontade e o desejo de viabilizar o carnaval descentralizado nos principais polos aqui da periferia, dos bairros da periferia. Não sei se vou conseguir, nesse curto espaço de tempo, alcançar recursos, mas vou conversar com a iniciativa privada, vou conversar com os empresários do segmento de eventos e vou também tentar viabilizar recursos de emenda parlamentar dos vereadores, para não deixar o carnaval de fora, já que é uma cultura milenar e que é tão importante, não só para quem gosta da folia carnavalesca, mas para quem trabalha ao redor desse evento”, completou.
(Rdnews)