O dia 25 de junho, data comemorativa ao Dia Nacional do Imigrante, foi de celebração na empresa Marfrig, em Várzea Grande. A festividade contou com gincanas, prêmios, apresentações culturais da comunidade indígena venezuelana, Winikina, e muita música valorizar a cultura desses colaboradores. Isso porque, a Marfrig tem atualmente mais de 900 funcionários que são imigrantes de países como: Haiti, Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Colômbia.
A data é uma oportunidade para celebrar a coragem e a determinação daqueles que deixaram suas terras em busca de novas oportunidades e para reconhecer a diversidade como uma riqueza fundamental. Segundo a gerente de RH da Marfrig, Cláudia Rodrigues, a empresa reconhece a importância dos colaboradores estrangeiros e faz questão de comemorar a data como forma de agradecer a contribuição deles com a corporação.
“Esse é um momento para celebrarmos. O objetivo é acolhe-los ainda mais, para que se sintam parte da família Marfrig. Muitos aqui estão distantes dos familiares e vieram em busca de um meio de sobrevivência. Então, esse momento é também para nos aproximarmos mais da cultura deles e afirmar que fazem parte dessa grande família que é a Marfrig”, ressalta a gerente de RH.
O padre Mauro Verzeletti, responsável pelo Centro Pastoral dos Migrantes da Congregação dos Missionários de São Carlos em Cuiabá, participou da comemoração a convite da Marfrig para dar a benção, e durante a cerimônia ele aproveitou para destacar a importância da parceria entre a pastoral e a empresa.
“O Centro Pastoral dos Migrantes tem uma parceria muito importante com a Marfrig para a inserção laboral dos trabalhadores imigrantes que chegam em Mato Grosso. Todo imigrante que chega em um país diferente tem o sonho de ter melhores oportunidades de vida, porque ele sai do seu próprio país para fugir da extrema pobreza ou da violência. E chegar num território diferente e encontrar uma empresa que acolhe; pessoas que dão essa atenção humanitária, é muito importante. Eu vejo quando o pessoal vem aqui na Marfrig para fazer a entrevista admissional e volta para o Centro Pastoral contente porque foi contratado, isso é muito gratificante”, destacou o padre.
Acolhimento
Há 7 anos, o jovem Anyelwel Giovanni Gonzales, deixou seu país de origem, a Venezuela, e veio sozinho para o Brasil, com apenas 22 anos na época. O objetivo era buscar uma vida melhor e novas oportunidades de crescimento. Ele está há 4 anos trabalhando na Marfrig, onde começou como auxiliar e subiu de cargo, agora como desossador.
“Aqui a empresa dá oportunidade para aprendermos, porque a maioria que vem trabalhar nunca teve experiência em frigorífico. Então. a oportunidade aqui é para todos, não importa se é brasileiro ou imigrante, somos todos iguais aos olhos da empresa”, conta Anyelwel.
Outro exemplo de acolhimento é o ex-funcionário Rabel Ribeiro, 46 anos, cacique da comunidade indígena Winikina da Venezuela. Ele foi convidado a participar da comemoração representando os indígenas imigrantes, e levou sua família, que também já trabalhou na empresa, para realizar apresentações culturais e expor os artesanatos produzidos pelas mulheres da etnia Winikina.