O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL) não descartou a abertura de uma Comissão Processante contra o vereador Paulo Henrique (PV), alvo de busca e apreensão na “Operação Ragnatela”, que investigou a influência do vereador na liberação de licenças na Prefeitura de Cuiabá para o Comando Vermelho.

Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (06.06), Chico 2000 afirmou que não conseguiu falar com o colega de Parlamento para ouvi-lo.

“Tentei falar, mas não consegui, estamos aguardando o vereador para ouvi-lo, mediante representação, ocorrendo o procedimento que será idêntico a todos que ocorreram aqui nessa casa, todos serão submetidos à apreciação do Plenário”, declarou o presidente.

Segundo Chico, a Procuradoria da Casa buscará informações oficiais para nortear a Presidência sobre a existência ou não de quebra de decoro. Ele também esclareceu que a Comissão de Ética não pode representar o vereador sem uma provocação legítima. Neste caso, um pedido deve ser protocolado requerendo a abertura de investigação.

“Conversei com o procurador, vou pedir a ele que nos traga situações oficiais, se necessário que vá conversar com essa equipe de policiais que fez todo trabalho para ver o que nós poderemos estar recebendo de informações oficiais”, afirmou Chico.

Como presidente da Câmara, Chico destacou que todos os vereadores são submissos ao regimento interno e ao código de ética. Já no caso dos servidores Willian Aparecido da Costa Pereira, Elzyo Jardel Xavier Pires e Rodrigo Souza Leal, enfatizou que exonerou de forma imediata, considerando que a legislação referente a um vereador eleito é diferente de uma livre nomeação.

“Se nós temos informações e evidências em mais de uma mídia de que os três estão presos, vamos esperar o que? Agora? Eles são inocentes? Não tem problema, podemos readmiti-los, mas neste momento estão presos, nem cumprir suas funções na Casa, eles não virão”, argumentou Chico.

IMAGEM DA CÂMARA

Chico 2000 afirmou que um vereador ter seu nome envolvido em uma operação policial prejudica a imagem. Contudo, garantiu que as providências serão tomadas diante de informações oficiais. “Ele é vereador deste Parlamento e de uma forma ou de outra acaba deixando a marca. Mas o que a Câmara tiver que fazer de providências a serem tomadas está Casa tomará”, declarou o presidente.

(VGN)