A cera que retiramos de forma errada do ouvido é produzida pelas glândulas ceruminosas que se localizam na parte externa do ouvido. Essas têm a função de proteger a pele do canal auditivo que é bastante fina e frágil contra possíveis microorganismos e ainda poeira e partículas de areia.
Também conhecida como cerume, a cera é composta por óleos, gorduras e enzimas. Ao contrário do que se pensa, a cera só deve ser removida do ouvido quando pode ser visualizada na orelha, ou seja, quando é expelida pelo ouvido. Infelizmente aprendemos desde pequenos a limpar o ouvido com hastes de algodão, o que é errado de se fazer, principalmente quando a haste é introduzida pelo canal, pois esse mau hábito empurra a cera já expelida e ainda a haste pode perfurar o tímpano e provocar problemas auditivos. A cera quando está cheia de pó de areia e poeira seca dentro da orelha e se solta com facilidade, tornando a limpeza ainda mais fácil.
Quando um indivíduo empurra a cera de volta para o canal auditivo ou ainda quando esta se acumula dentro do canal, é necessário que um especialista faça a remoção da mesma utilizando métodos apropriados para cada caso, como lavagem, aspirações ou ainda removendo com instrumentos adequados.
De forma correta, a limpeza do ouvido deve ser feita superficialmente e somente na parte externa do ouvido e na orelha. Se porventura houver um acidente e a perfuração do tímpano, deve-se procurar um médico imediatamente para que este faça o tratamento o quanto antes, dificultando assim o aparecimento de infecções.
(Gabriela Cabral)