A Confederação Brasileira de Futebol acionou a Conmebol pedindo a exclusão do Cerro Porteño, do Paraguai, após o caso de racismo contra Luighi, atacante do Palmeiras, durante o jogo de quinta-feira pela Libertadores Sub-20.

A entidade protocolou o documento nesta sexta-feira e encaminhou cópia da denúncia à Fifa, para que acompanhe o processo e peça rigor nas punições – uma vez que o protocolo global não foi respeitado.

Desde 2019, a Fifa deu mais poder aos árbitros e determina um procedimento de três etapas no novo Código Disciplinar: solicitar um anúncio público para exigir que a agressão pare; suspender o jogo até que cessem e, enfim, abandonar a partida definitivamente.

O intuito da CBF é que a Conmebol determine punições desportivas em casos de racismo, como interdição de estádio e exclusão de clubes, além da prisão dos responsáveis, por entender que “penas pecuniárias” – ou seja, em dinheiro – não são suficientes.

Após a publicação, a CBF divulgou ainda uma nota com declarações do presidente Ednaldo Rodrigues e detalhando que o documento protocolado, de 29 páginas, cobra tolerância zero contra as agressões.

– O que a gente espera da Conmebol é rigor. Basta de racismo e de multas que não levam a nada. Queremos punições esportivas – diz Ednaldo Rodrigues.

Um dos trechos do documento diz que a punição ao Cerro Porteño e dos envolvidos é não só necessidade jurídica, mas também obrigação moral e institucional para que “o combate ao racismo deixe de ser um discurso vazio”. A CBF também argumenta que o futebol sul-americano carrega histórico de impunidade. (GE)