O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) acredita que somente depois que os principais líderes polarizadores do país, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o atual mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), saírem de cena será possível voltar a ter ordem no cenário político nacional. Conforme o parlamentar, que defende que os dois não sejam candidatos no próximo ano, o Brasil tem pelos menos outros quatro nomes que podem concorrer à Presidência da República.

Em conversa com os jornalistas na Assembleia Legislativa, o parlamentar reconheceu que existe uma tendência em se pensar que o PSDB, que por muitos anos ocupou o lugar de direita no país, hoje está ‘em cima do muro’. Porém, ele pontuou que não é seu caso. Diss que tem posição, mas que não precisa ‘ser lá ou cá’.

“É uma pena que o país esteja assim. Eu tenho dito claramente que o Brasil vai melhor quando os líderes dessas duas laterais, dessa duas facções – não, desculpe – dessas duas correntes não forem mais candidatos. Então, tem quatro, cinco nomes aí, que eu não quero nem citar, que é melhor para o Brasil. Vai acabar com o ódio, com a guerra, com a briga e seria muito melhor”, começou sua defesa.

Avallone avaliou que o que as pessoas estão vivendo partidariamente no país é a perpetuação do ódio, não do apoio. Que opta por determinado lado, entre direita e esquerda, o faz não por convicção, mas porque odeia a outra vertente.

“Essas confusões do jeito que estão, eu só vejo família brigando, colega brigando, todo mundo brigando, ódio pra todo lado. Eu não aguento mais as discussões de gente xingando o outro, chamando de ladrão, chamando de bandido… Está hoje um contra o outro, muito mais do que ao lado de alguém. Você tá mais contra um, então você fica com o outro. Você tá contra o outro e fica com um. E não é porque tem convicção nesse um, é porque está contra o outro”.

O deputado defendeu que a maioria das pessoas no país tem posição, mas está influenciada por essa tendência de lado. “Mas eu tenho posição, a minha posição é aqui, não é ali nem lá. E eu acho que a maioria do povo brasileiro é assim. Então, se os dois saírem fora, o Brasil melhora”, finalizou.

(Leiagora)