A Assembleia Legislativa deu início, nesta sexta-feira (07), à segunda edição do mutirão gratuito de exames de audiometria para surdos. A parceria, entre legislativo e governo do estado, faz parte de um encaminhamento do primeiro-secretário, deputado Max Russi (PSB), autor da lei que regulamenta a profissão de tradutor de intérprete de língua brasileira de sinais (Libras) em Mato Grosso, dentre outras propostas. A ação deve incluir a distribuição de carteirinhas de identificação autista e do colar de girassol nos próximos meses.
Conforme Débora Regina da Costa Vieira, que é intérprete da Central de Interpretação de Libras do estado e responsável por receber os pacientes, os exames ampliam a possibilidade da comunidade surda no alcance de seus direitos, como o passe livre nos transportes públicos, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e participação em seletivas do mercado de trabalho, para o acesso a vagas destinas a pessoas com deficiência (PcD).
Após o atendimento prévio, a pessoa é encaminhada para o Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (CRIDAC), onde passa pela avaliação de um otorrinolaringologista, para, posteriormente, receber o laudo médico. “Através da audiometria e do laudo médico, eles terão acesso mais fácil à sociedade, ao que eles tem diretiro, comprovando a sua surdez”, esclareceu.
Karina Thais tem 30 anos e foi uma das primeiras a receber atendimento. “Eu quero agradecer a essa audiometria, a todos os que estão trabalhando para que nós possamos ter os nossos diretos garantidos e ao deputado Max, por essa parceria”, comemorou.
A superintendente do QualiVida, Ivana Mara Mattos Melo, explica que a ação surgiu por conta da demanda reprimida da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT), tendo sua primeira edição realizada no ano passando, concluindo atendimento a 31 pessoas. Para ser uma ideia, um exame de audiometria custaria entre R$ 300 e R$ 350 reais na rede particular. A intenção, segundo Ivana, é que os serviços sejam oferecidos todas as sextas-feiras.
“Hoje a Assembleia Legislativa conta com um aparelho de audiometria e uma profissional fonoaudióloga e o deputado Max Russi solicitou que ele fosse colocado à disposição para poder atender a essa demanda reprimida, para que essas pessoas tenham os seus direitos alcançados. Essa parceria vai continuar”, garantiu.
Parceria- Atuante no social, o deputado Max Russi, também é autor da lei estadual 11.880 que estabelece o uso do colar de girassol como ferramenta de auxílio para orientação e identificação de pessoas com deficiência ou condição não aparente e não identificada de maneira imediata, incluindo autistas. Essa legislação já ganhou força nacional.
No mês de abril, o primeiro-secretário e a primeira-dama do estado, Virginia Mendes, organizaram a distribuição de 700 colares, bem como carteiras de identificação para autistas, certidões e outros serviços.
Todo trabalho, que aconteceu na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), foi coordenado pelo projeto TEAr, que surgiu da preocupação do deputado Max Russi em trabalhar a acessibilidade e a inclusão das pessoas com autismo.
Segundo a coordenadora do QualiVida, Ivana Mara Mattos, a Assembleia dará continuidade aos trabalhos voltados à distribuição de carteirinhas de autistas, colares de identificação e exames de audiometria.