Foto: TV Brasil/Reprodução

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deve novamente compor a chapa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. Nesta semana, Lula confirmou que será candidato à reeleição.

Apuração do UOL indica que a cúpula do governo federal considera alta a probabilidade de repetição da chapa entre petistas e pessebistas em 2026. No entanto, uma confirmação oficial só deve ocorrer no próximo ano.

Durante discurso em Jacarta, na Indonésia, Lula declarou estar “preparado para disputar outras eleições”:

“Vou completar 80 anos, mas pode ter certeza de que estou com a mesma energia de quando eu tinha 30 anos.”

A fala representa uma mudança de postura. Em 2022, antes de conquistar o terceiro mandato, Lula havia dito à rádio Metrópole, de Salvador, que aquela deveria ser sua última campanha.

“Eu não vou ser um presidente que está pensando em reeleição. Eu vou ser um presidente que está pensando em governar esse país por quatro anos e deixá-lo ‘tinindo’, para que o povo brasileiro recupere definitivamente o bem-estar social, a alegria, o prazer de viver.”

 Líder nas pesquisas

A mudança no discurso coincide com a melhora na imagem do governo. Segundo pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta semana, a gestão Lula obteve avaliação positiva superior à negativa pela primeira vez desde novembro do ano passado.

Levantamento da Quaest também aponta Lula como líder em todos os cenários para 2026. Ele aparece à frente no primeiro turno e venceria todos os candidatos de direita no segundo turno — inclusive Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível.

Apesar de condicionar a candidatura à sua saúde, Lula tem dado sinais claros de que pretende disputar a reeleição:

“Para ser candidato, tenho que ser muito honesto comigo. Preciso estar 100% de saúde”, disse em agosto, durante evento do PT.

De adversários a aliados

Antes de ser vice, Alckmin foi adversário de Lula. Os dois disputaram diretamente a presidência em 2006, quando Lula venceu no segundo turno.

A escolha de Alckmin como vice enfrentou resistência dentro do PT, mas Lula manteve sua decisão. A parceria foi vitoriosa nas urnas em 2022 e, segundo aliados, a boa relação entre os dois fortalece a permanência de Alckmin na chapa.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou ao UOL que Alckmin “não tem concorrência” para ser o vice na reeleição de Lula. (UOL)

Por Maciel Jr