“Seria infantil da minha parte dizer: ‘ah, eu não vou ser candidata porque ele está na minha chapa’. Eu vou engolir ele, eu vou patrolar ele, eu vou vencer dele e não permitir que ele chegue lá”, disse, de forma taxativa, a segunda melhor votada vereadora de Cuiabá em 2024.
Em conversa no podcast, Maysa recobrou parte dos embates que teve com Emanuel no passado. Ela, que entrou como suplente na Câmara dos Vereadores, teve a cassação do ex-prefeito como um dos seus principais focos de atuação, e até o último momento.
“Eu não consigo imaginar um cenário onde eu e Emanuel Pinheiro estamos na mesma reunião para definir um projeto de política. Não é nada pessoal. Eu fiscalizei Emanuel Pinheiro. São 23 operações. Eu fiz de tudo para que ele fosse cassado e perdesse os seus direitos políticos”.
Uma das comissões processantes contra o ex-prefeito requeridas pela parlamentar tratava sobre a falta de pagamento de emendas impositivas. O pedido foi apreciado na semana das eleições municipais, como reforçou, mesmo que levasse a pecha de adotar uma medida eleitoreira.
“Eu apresentei uma comissão processante a qual ele seria cassado, porque ele não pagou emendas impositivas, e ele tem obrigação de pagar emendas impositivas na semana da eleição. E fui crucificada por muitos colegas da legislatura passada porque a gente ia votar numa terça-feira e a eleição era domingo. E muita gente falou pra mim: ‘você vai ser julgada eleitoreira’. Eu não me importo. Eu sei que estou fazendo certo”, relacionou.
“Até o último minuto do mandato do prefeito Emanuel Pinheiro eu tentei caçá-lo. Então, pra mim, estar ao lado dele num palco, no dia de uma convenção partidária é inimaginável. Eu não me imagino nesse lugar e eu vou fazer tudo que eu puder para não estar neste lugar”, enfatizou a vereadora, sob os votos de que o ex-prefeito mude de partido e ‘seja feliz’ longe dela.
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