Foto: Agora Pod / Leiagora
O deputado federal José Medeiros (PL) afirmou que está consolidado como pré-candidato ao Senado em 2026 e que, desta vez, não há possibilidade de ser deixado para trás na disputa, como ocorreu em outras eleições. Em entrevista ao Agora Pod, Medeiros disse ter o aval do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, do senador Wellington Fagundes, do presidente estadual da sigla, Ananias Filho, e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Não mexe mais. Isso é o que eu tenho de garantido tanto do presidente Ananias, do senador Wellington, quanto do Valdemar e do presidente Jair Bolsonaro”, afirmou. Segundo ele, o PL reconhece a necessidade de um nome com perfil combativo, mas institucional, que tenha independência para defender o equilíbrio entre os Poderes. “Alguém que possa não avacalhar com os ministros do STF, não desrespeitar a instituição, mas tenha a postura e a independência para fazer o que tem que ser feito”.
Medeiros também fez uma defesa enfática do resgate da autonomia e da função original do Senado Federal. Para ele, a Casa tem se comportado como uma “segunda Câmara dos Deputados”, deixando de cumprir seu papel de representar os interesses dos Estados e de agir como freio institucional, especialmente diante do avanço do Supremo Tribunal Federal.

“O Senado deveria ser o espaço da defesa do pacto federativo, mas aprovou uma reforma tributária que centraliza tudo em Brasília. Em condições normais, isso não teria acontecido”, criticou. “O que precisamos é de um Senado que atue como Senado, e não como braço auxiliar do Executivo ou do Judiciário.”

Ele também aproveitou para criticar o comportamento de senadores que, segundo ele, se limitam a agendas regionais e ao envio de emendas, como se fossem deputados federais. “Não estou diminuindo o papel do deputado, mas o senador precisa defender o Estado como um todo, não apenas entregar trator e atender vereador. Hoje, muitos senadores estão fazendo isso. Minha bandeira é resgatar o papel do Senado.”
Medeiros, que já apresentou diversos pedidos de impeachment de ministros do STF, diz que esse tipo de ação cabe ao Senado e que o silêncio da Casa diante de abusos institucionais permitiu o crescimento do Supremo. “Estamos vivendo uma grave crise institucional. O sistema deixou de ser bicameral e virou tricameral. Hoje, não dá para fazer cálculo político sem considerar o STF na equação.”
Com um discurso firme, o deputado reforça que sua candidatura representa uma resposta à omissão do Senado e que sua atuação será voltada para restabelecer os limites entre os poderes. “O ponto de partida é o reequilíbrio institucional. E é isso que eu pretendo fazer no Senado.”
Confira a entrevista
 

(Leiagora)