O advogado T.C.S., de 38 anos, foi preso em flagrante na noite deste domingo (14) por ter descumprido uma medida protetiva contra a ex-esposa T.M.O., em Cuiabá. O homem ficou conhecido após a vítima postar vídeos em que aparece sendo agredida pelo homem. O suspeito ainda ameaça a enteada.

Segundo informações, a vítima estava em um restaurante no bairro Quilombo quando avistou o advogado no mesmo ambiente. Sentindo-se intimidada com a presença do advogado, que não ia embora, ela acionou o botão do pânico.

Rapidamente, uma viatura da Polícia Civil chegou ao estabelecimento e realizou a prisão do suspeito por descumprir a ordem de não se aproximar por 500 metros da ex-esposa. Enquanto estava sendo detido, o homem começou a xingar a mulher dizendo que era uma “vagabunda, que iria pagar por tudo”, ele ainda disse que iria conseguiu a guarda do filho que tem com o casal.

Na delegacia, o suspeito chegou a dizer que ele estava no local e a ex-companheira que foi até ele.

O advogado foi preso em flagrante e, após prestar depoimento, ficou à disposição da Justiça, onde passará por audiência de custódia nesta segunda-feira.

CONSTANTES AGRESSÕES

A vítima relatou que ela e o acusado conviveram por cerca de 9 anos e, já com um ano de relacionamento, o suspeito passou a apresentar comportamentos violentos, com ameaças e agressões.

Segundo a mulher, após o término do relacionamento, ela e o acusado chegaram a tentar reatar o casamento pela segunda vez, no entanto, as agressões logo voltaram a acontecer.

À reportagem, a vítima confidenciou viver sob ‘constante medo’ e que não conseguia ‘encontrar paz’ para sair de casa.

RETIRADA DE DENÚNCIAS

No dia 26 de outubro, a juíza Patrícia Ceni, do 8º Juizado Especial Cível de Cuiabá, havia determinado que a vítima retirasse de todas as suas redes sociais as postagens que denunciam o ex-marido, pois entendia que isso era prejudicial à imagem do suspeito, que deveria passar pelo um julgamento justo.

Porém, no dia seguinte, devido à grande repercussão, a magistrada voltou atrás e permitiu que as postagens pudessem continuar nas redes sociais de T.M.O., além de declarar incompetência do órgão em julgar o caso. Ela o encaminhou para a juíza Ana Graziela, da Vara de Violência Doméstica.

(HNT)