O novo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou nesta quinta-feira (2) que os secretários farão uma redução de 30% a 40% dos servidores comissionados que atuam nas Pastas.

“Tenho que aplicar as medidas necessárias, se elas forem remédios amargos vamos ter que seguir com uma gestão mais eficiente”

Ao todo, serão 20 secretários na gestão do novo prefeito, já que Esporte e a Segurança Pública serão desmembrados da Cultura e Ordem Pública, respectivamente.

O staff de Abilio fez, na manhã de hoje, a primeira reunião no Palácio Alencastro.

Segundo o prefeito, as exonerações são uma das prioridades da gestão para conseguir reduzir os gastos da Prefeitura.

“A orientação que a gente deu para todos os secretários é que a redução do cargo comissionado seja de 30% a 40%. Pedimos para que todos os secretários reorganizem a Pasta para essa redução, isso vai ajudar no custo do próprio sistema da Prefeitura até a gente conseguir equilibrar as contas”, afirmou em entrevista à rádio Centro América.

O corte, de acordo com ele, não ocorrerá em todas as Pastas, pois algumas têm número reduzido de servidores. Ele citou como exemplo a Secretaria Municipal de Turismo, que tem dez trabalhando na equipe.

“Se eu reduzir 40% a secretaria se prejudica muito. Porém, a Secretaria de Gestão, por exemplo, tem total capacidade de reduzir e não trazer problema de administração”, disse.

Para o novo prefeito, essas ações são essenciais para evitar que ocorra o “efeito bola de neve” com as dívidas da Prefeitura de Cuiabá.

“Tenho que aplicar as medidas necessárias, se elas forem remédios amargos vamos ter que seguir com uma gestão mais eficiente”, afirmou.

Caixa no vermelho

Abilio explicou que ainda não tem dimensão total da situação financeira de Cuiabá, porém já sabe que a gestão começa com as contas no vermelho devido às dívidas que foram deixadas pelo ex-prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB).

Além do caixa no vermelho, Abilio afirmou que Emanuel deixou duas folhas de salários para serem pagas, mas não deixou orçamento suficiente para isso.

“A redução de 30% a 40% dos cargos comissionados vai permitir a gente fazer uma econômica de R$ 3 milhões a R$ 5 milhões e isso é muito importante para gente começar a colocar a casa em ordem. A gente tem que cortar R$ 100 milhões de despesas nos primeiros 100 dias, temos que cortar”, disse.

“É necessário cortar em contratos supérfluos, em ações que não são necessárias fazer nesse momento. Se a gente não cortar teremos muita dificuldade no fechamento do ano, então precisamos cortar e criar uma meta de durante todo esse ano fazer contenção de despesas”, completou.

(MidiaNews)