O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que seria um movimento “natural” a migração do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) para o PL, caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), se filie à sigla para disputar a presidência da República em 2026. Apesar disso, Abilio ponderou que a articulação ainda não foi confirmada pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Segundo o prefeito, em sua última conversa com Valdemar, o dirigente reiterou a defesa por uma candidatura própria ao governo e destacou que Pivetta poderia representar esse projeto, seja como filiado ao PL ou permanecendo no Republicanos.
Abilio acrescentou, no entanto, que Valdemar ainda não descartou o senador Wellington Fagundes (PL) como possível nome para a disputa, indicando que a definição dependerá de novas rodadas de diálogo dentro do partido.
“O Tarcísio, por exemplo, se ele for candidato a presidente, ele deve vir ao PL e poderá ter uma ação migratória natural talvez do Pivetta vir ao PL para ser candidato a governo. Se caso isso vier a acontecer numa composição ou então o PL tem o Wellington como candidato a governo”, falou Abilio Brunini à imprensa.
O prefeito também comentou sobre a possibilidade da primeira-dama e vereadora Samantha Iris (PL) compor como vice na chapa com Pivetta. Abilio afirmou que esse não é o caminho no momento. Segundo ele, embora Samantha pudesse ocupar esse espaço nas conjecturas políticas, a prioridade do partido é manter uma candidatura própria.
“A última conversa que eu tive com ele (Valdemar) foi um posicionamento que ele desejava que o PL tivesse candidatura própria, foi essa a última vez que eu falei com ele, e que se o Pivetta fosse o candidato poderia vir ao partido para ser candidato junto ao partido ou o Wellington ser o candidato junto ao partido”, esclareceu Abilio Brunini.
A conversa de Abilio com Valdemar ocorreu antes de Wellington Fagundes acenar para o grupo do senador Jayme Campos (União Brasil), pré-candidato ao governo, a possibilidade de uma aliança.
Após circular a informação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria enviado uma lista a Valdemar sinalizando apoio a Pivetta, Wellington passou a demonstrar reticência sobre a viabilidade de seu projeto político. Como o senador não pretende recuar, a hipótese de unir forças com Jayme, que também enfrenta resistência em seu partido, surge como alternativa para manter vivo o “sonho do governo”.
“Se mudou o critério e o PL vai ser o vice do chapa do Piveta ou se o Pivetta vai vir para cá, ainda não estou ciente disso, ou se o Wellington vai ser candidato e o Pivetta vai ser candidato em outro grupo, eu não estou ciente disso”, concluiu Abilio.
(HNT)


