O presidente do Conselho de Ética, senador mato-grossense Jayme Campos (DEM), enviou para a Advocacia do Senado da República a representação contra o senador fluminense Flávio Bolsonaro (sem partido), filho do presidente Jair Bolsonaro. O pedido de cassação foi feito por três partidos: Rede Sustentabilidade, PSol e PT.

Após analisar a representação, a Advocacia do Senado emitirá um parecer favorável ou contrário à cassação. A partir de então, Jayme Campos  terá cinco dias para avaliar o documento e decidir se determina a abertura ou o arquivamento do pedido de cassação contra Flávio Bolsonaro.

Ao receber a representação, ainda em fevereiro, Jayme garantiu que agiria com lisura, transparência e sem açodamento. “Vou cumprir literalmente o que determina a lei, a Constituição Federal e o Regimento Interno do Senado, oferecendo o direito da ampla defesa ao representado e recorrendo à Advocacia Geral da Casa, que é o órgão competente para subsidiar o andamento do processo”, declarou o senador mato-grossense.

O líder da Minoria, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que os fatos são gravíssimos. “Não fazemos uma representação de bom grado. Fazemos porque é imperiosa, porque os fatos são gravíssimos. Não podemos admitir. É incompatível com o exercício do mandato parlamentar os crimes aqui assinalados.

Os partidos que entraram com a representação no Conselho de Ética alegam suposto envolvimento do filho do presidente com milícias do Rio de Janeiro, apropriação indébita de salários de ex-assessores e lavagem de dinheiro.

Senador fluminense Flávio Bolsonaro (Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)