O dia 1º de novembro de 2019 será lembrado por dois fatos gravíssimos sobre o VLT: primeiro, o pedido de adiamento por parte do governador Mauro Mendes por mais quatro (4) meses sobre a decisão da conclusão das obras do VLT e, o outro, a concordância do Ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, depois de ter confirmado para o Movimento Pró VLT no dia 31 de outubro, com a testemunha do Senador Wellington Fagundes, a entrega do relatório final para o dia 11 de novembro.
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Um dia que mancha a história de Mato Grosso e de nosso país. Um descalabro. Vergonha que enoja. Gesto de brincadeira com o dinheiro público. Deboche com a sociedade.
Fica claro, que o governador tenta ganhar tempo para mudar o resultado beneficiando as grandes empresas de ônibus poluentes. Por que se tivesse certeza que o resultado seria a seu favor, não teria pedido o adiamento.
É muito triste…um governador que usa o poder de seu cargo contra o povo e o Estado. Ele próprio, de forma despótica, humilhou entidades como Rotary Club de Cuiabá numa resposta cesarista.
Para tumultuar o processo de conclusão das obras do VLT no Grupo de Grupo de Trabalho (GT) ele determinou ao secretário de Infraestrutura do Estado, o estudo da troca de modal para os ônibus poluentes (ou BRTs), numa tentativa desesperada para atender os empresários do setor. Isso, fez com que os dados sobre o VLT fossem deixados de lado.
Repito aqui o que já afirmei várias vezes: adiar a resolução dos grandes problemas é característica dos fracos. É sinônimo de mediocridade. Envolve o desperdício do dinheiro público e reforça a ideia de que o interesse público não está sendo atendido.
Não se pode jogar no lixo o dinheiro já investido na compra de 280 vagões, estação de passageiros, 3,5 km de trilhos eletrificados, ponte de 224 metros sobre o rio Cuiabá pronta para receber o VLT.
A sociedade sabe que esse modelo de desenvolvimento urbano com ônibus poluente já não serve. Já passa da hora de implantarmos outro modelo urbano. Mais centrado nas pessoas, na qualidade de vida, que no lucro. Mais voltado ao bem-estar e à proteção da saúde que na concentração de renda.
A luta do Movimento Pró VLT não para por aqui. A Assembleia Legislativa aprovou requerimento de autoria do deputado Wilson Santos que convoca os membros do Grupo de Trabalho (GT) de Mato Grosso a comparecer no dia 11 de novembro, às 8:30, para prestar esclarecimentos a respeito do VLT.
É hora das entidades que se mobilizaram no Movimento Pró VLT se manifestarem, individualmente e em grupo, e das lideranças sociais, políticas e religiosas de Mato Grosso exigirem dos governos estadual e federal explicações sérias sobre o que está ocorrendo. E do Ministério Público (estadual e federal) providências judiciais cabíveis para a conclusão imediata das obras do VLT. É preciso punir exemplarmente os responsáveis mas terminar a obra. Essa cultura de obras inacabadas tem que ser banida. A única prejudicada é a sociedade!
*VICENTE VUOLO é economista, cientista político e coordenador do Movimento Pró VLT Cuiabá-Várzea Grande.
CONTATO: www.facebook.com/vicente.vuolo