A CPI mista que investiga a divulgação de notícias falsas aprovou mais sete requerimentos de autoria do deputado mato-grossense Doutor Leonardo (Solidariedade). A  comissão aprovou 67 convocações que incluem a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), assessores do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, e Felipe Martins, assessor para assuntos internacionais.

Os requerimentos do parlamentar de Mato Grosso visam discutir uma medida prática já adotada pelos veículos de comunicação contra a repercussão das notícias falsas: o “Fact Checking”, uma checagem de fatos, histórias, dados, pesquisas e registros. Foram convidados para a comissão Agência Lupa, Aos Fatos, Boatos.org, Comprova, E-farças.org, Estadão Verifica, e Fato ou Fake do Portal G1.

Leonardo Albuquerque emplacou requerimentos na CPMI das Fake News.

“Diante de tantas informações contestáveis que circulam na internet, os instrumentos de prestação de contas são elementos essenciais tanto para o controle social quanto para a checagem das notícias envolvendo a vida política e administrativa dos poderes constituídos”, argumentou Doutor Leonaro.

“Trata-se de um método jornalístico por meio do qual é possível certificar se a informação apurada foi obtida por meio de fontes confiáveis e, então, avaliar se é verdadeira ou falsa, se é sustentável ou não”, justificou  o parlamentar do Solidariedade de Mato Grosso.

Doutor Leonardo observou ainda que as checagens buscam romper o ciclo de notícias falsas e são publicadas em diversos veículos de comunicação e nas próprias redes sociais.

“Diante de tais considerações, é imperioso ouvirmos nesta CPMI as agências responsáveis pela checagem de fatos, os desafios que encontram, eventual respaldo que o Congresso pode dar para o fortalecimento desses mecanismos de combate às notícias falsas. Por isso, pedi o apoio dos parlamentares para convidarmos os responsáveis pelas ferramentas de checagem”, concluiu.

Ao todo, o deputado federal já aprovou 10 requerimentos na Comissão.

CPMI

 Composta por 16 senadores, 16 deputados e igual número de suplentes, a CPI mista terá 180 dias para investigar a criação de perfis falsos e ataques cibernéticos nas diversas redes sociais, com possível influência no processo eleitoral e debate público.

A prática de cyberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também será investigada pelo colegiado, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio. O presidente é o senador Ângelo Coronel (PSD-BA) e a relatora, deputada Lídice da Mata (PSB-BA).