Imagem: Secom-ALMT

Com um longo impasse antes da votação final, opositores e base entraram em conflito de argumentos com seus posicionamentos sobre o reajuste salarial. Enquanto opositores do governo do Estado defendiam o aumento e afirmavam que era legal, a base utilizava o argumento que o reajuste poderia causar um efeito cascata para outras categorias, e consequentemente, poderia prejudicar o caixa do estado.

A vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Nilza Maria Possas de Carvalho, esteve no parlamento antes do início da votação e mostrou confiança na aprovação do PL.

“Eu acredito que vai ter a votação, porque já está em pauta, né? Eu acredito que não vai ter interrupção dessa votação. Eu confio nos deputados, acredito que eles vão votar hoje”, declarou antes da sessão.

Ainda na semana passada, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União), também já tinha aceitado a “derrota” e afirmou que o projeto seria aprovado.

“Pelo que eu estou percebendo, a maioria dos deputados concorda na aprovação. O que nós tentamos é colocar que não pode ser um reflexo para todas as outras categorias, que seja para o Tribunal de Contas, Ministério Público, Defensoria, Assembleia Legislativa e o próprio governo. Se for isso aí, vai dar um impacto de mais de R$ 2,3 bilhões”, alertou na ocasião.

Com a aprovação na Assembleia Legislativa, o projeto segue para sanção ou veto do governador Mauro Mendes (União).

Já prevendo um possível veto do governador Mauro Mendes, o deputado estadual, Júlio Campos explicou em entrevista na TV Vila Real, que a decisão final do reajuste pode se estender para 2026.

“O governo possui uma decisão muito forte na sua mão que é vetar o aumento concedido. Porque o Executivo pode fazer isso e o seu veto vai ser discutido só no ano que vem”, disse em entrevistao ao Jornal do Meio Dia.

(Jefferson Oliveira)