Uma expedição científica realizada pelo Museu de História Natural de Berlim conseguiu registrar imagens de morcegos-orelhudos-turcomanos vivos pela primeira vez. A espécie não era vista há 55 anos.
Esse animal é endêmico do Deserto de Karakum nas regiões fronteiriças do Turcomenistão, Cazaquistão e Uzbequistão. “O morcego-orelhudo-turcomano (Plecotus turkmenicus), conhecido até agora apenas por alguns espécimes em museus russos, foi observado pela última vez em 1970. Até o momento, não havia fotografias ou descrições confiáveis de animais vivos”, diz o comunicado do Museu de História Natural de Berlim sobre a descoberta.
A expedição para encontrá-los foi realizada por pesquisadores da Alemanha, Uzbequistão e Turcomenistão. Primeiramente, eles encontraram uma fêmea jovem na fenda de uma rocha. Um macho também foi avistado, em uma caverna a 87 quilômetros de onde a fêmea estava.
Os cientistas captaram material de áudio, fotos e vídeos do animal. Também coletaram amostras genéticas para análise.
É provável que a espécie esteja sendo impactada pelas mudanças climáticas. “Devido ao progressivo ressecamento dos desertos da Ásia Central, causado principalmente pelo aumento das temperaturas, a cobertura vegetal natural está diminuindo constantemente, e o habitat já limitado da espécie vem encolhendo ainda mais”, explica o comunicado.
O Museu de História Natural de Berlim anunciou que tem o objetivo de realizar uma pesquisa abrangente sobre a evolução e ecologia da fauna de morcegos da Ásia Central. Também disse que o governo turcomeno está aproveitando a redescoberta do animal para planejar uma grande área protegida que vai beneficiar muitas outras espécies de animais e plantas.
(Por Redação Galileu)

