Agripino Bonilha é daquelas figuras ilustres e predestinadas que já nasceram com saudades do futuro. Um amealhador de retumbantes vitórias e perseguidor de sonhos. Filho de tradicional tronco familiar das paragens alagadiças do paradisíaco e sacrossanto Pantanal Corumbaense, terra natal de acrisolado solo que, por semelhança, formou sua personalidade com a mesma limpidez nos princípios de modelar e admirável retidão de vida.
Na condição de economista, exerceu por bom período sua profissão na secular e acolhedora Cuiabá, onde desenvolveu um profícuo trabalho, sempre com os olhos buscando alcançar inimagináveis sonhos futuristas, deixando alcatifadas, indeléveis e imorredouras sementes, fruto de um labor que granjeou respeito e admiração de todos os mato grossenses. Casado com Vanda Bonilha, esposa dedicada, exemplar par ceira e alma gêmea, formou uma família feliz com seus queridos filhos Agripino Neto, Renato, Gabriela, Luciana e seus netos.
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Agripino e sua esposa Vanda sempre souberam fazer do lar um remanso de confraternidade, de calor humano e sociabilidade sem igual, pois sabiam bem receber a todos, deixando seus convivas, naquela ambiência encantadora, pelos gestos de fidalguia e amabilidade acolhedora, sentirem-se em suas próprias casas. Foi reconhecidamente um cidadão “Mundi”, sabendo vivenciar com sabedoria a grandeza do seu amado Brasil, bem como das longínquas terras de além-mar, das quais também era ilustrado conhecedor. Na verdade, nunca relutou em aceitar desafios em missões que exigiam sacrifícios, especialmente aquelas que tinham por objetivo restaurar a moralidade e probidade no trato da coisa pública, onde sua escolha era sempre determinada pela sua biografia de caminhar nas sendas da dignidade, virtude que sempre pontuou com des taque ao longo de sua vida.
Graças às suas ações, lastreadas na competência e na excelência, sem deixar de lado a grandeza da simplicidade, sempre foi lembrado para exercer missões importantes no contexto governamental. Sua atuação, embalada pelos ventos favônios da modernidade, mesmo diante das adversidades, por força de sua bioluminescência, o fez transcender conquistas que, muitas vezes, pareciam inalcançáveis, o que o credenciou a assumir relevantes funções. Assim, todas as missões a que se incumbia eram desafios galhardamente vencidos; instituições antes carcomidas e adormecidas no letárgico sono da indolência, devido às práticas arcaicas, eram transformadas pelo seu toque mágico em gestões de resplendoroso porvir, a ponto de fazer-se ouvir apenas a melodiosa sonorização do palmear, peculiar dos vitoriosos.
Agripino Bonilha, após lograr exitosa vitória eleitoral no pleito para a vereança em Cuiabá, assumiu a atividade legiferante com altivez e competência, emprestando o lustro de sua inteligência ao Parlamento Cuiabano, oportunidade em que foi signatário de projetos de expressivo alcance social. Cediço é que soube plantar seu jardim sem buscar louros postos em peanhas inconsistentes, e alçou serenamente voos incólumes às vaidades inócuas e à ilusão das aparências, saboreando, assim, o gratificante e expressivo aroma dos ramalhetes singelos próprios dos visionários e arquitetos do amanhã. O elo que nos une pelas antenas espirituais será imortal diante da esfera das mudanças, onde não será alcançado nem alterado pela jurisdição do tempo. Prezado amigo Agripino Bonilha, estas garatujas e esquálidas linhas fluem pelos meandros do coração, repleto de respeito e admiração.
*TEOCLES MACIEL é advogado, professor, escritor, compositor, ex-prefeito de Barão de Melgaço e foi deputado estadual na Assembléia Constituinte de Mato Grosso (1988-89).
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