O Cuiabá sofreu sua primeira derrota na Série B do Campeonato Brasileiro ao perder para o Operário-PR por 3 a 2, na noite deste domingo (11), pela sétima rodada, na Arena Pantanal. O jogo foi marcado por falhas defensivas no início da partida. Após o revés, o técnico Guto Ferreira adotou um tom autocrítico e pregou responsabilidade do elenco e da comissão técnica.

— Agora não adianta ficar reclamando, buscando desculpa. É assumir o que nós fizemos de bom, principalmente de ruim, procurar corrigir — afirmou o treinador, que destacou a importância de “lamber as feridas” e focar na recuperação imediata. — É matar no peito, olhar firme e forte, porque sexta-feira tem jogo de novo contra a Chapecoense e nós temos que entrar melhor.

O técnico reconheceu que o time entrou desligado em campo e pagou caro por isso, tomando dois gols nos primeiros 10 minutos de jogo. Para Guto, faltou postura mais firme e um nível de concentração maior — aspectos que, segundo ele, ainda fazem parte de um processo de amadurecimento da equipe.

— A gente gostaria que já tivesse num estágio de maturidade enquanto equipe, enquanto grupo, que errasse o mínimo possível. Mas, nós não estamos. Nós temos muita coisa a melhorar. Mesmo quando ganhamos ou empatamos, eu sempre falei isso — pontuou.

Guto também abordou o impacto psicológico da pressão e o efeito da confiança sobre o foco dos jogadores. Segundo ele, momentos de alívio na pressão competitiva podem provocar queda na atenção e gerar vacilos como os cometidos contra o Operário-PR.

Técnico Guto Ferreira durante partida contra o Operário-PR — Foto: AssCom Dourado

Técnico Guto Ferreira durante partida contra o Operário-PR — Foto: AssCom Dourado

— O ser humano às vezes nem percebe que ele ganha um pouco de confiança. Ele acha que está focado, mas não está. Começa a curtir aquele ambiente mais leve e deixa escapar o foco.

O gol sofrido após o empate em 2 a 2 também foi analisada pelo treinador. Ele destacou o desgaste da equipe na tentativa de reagir no placar e lamentou o pênalti que decretou a derrota.

— No 2 a 2, o outro time resolveu sair. A gente se desgastou muito para buscar, acabamos vacilando e entregando o pênalti para eles. Faltou sim, estágio de amadurecimento da equipe como um todo.

Pensando na sequência da competição, Guto reforçou a necessidade de equilíbrio defensivo e ofensivo: “Não podemos ficar correndo atrás de resultado. Temos que correr para conquistar o resultado, não para recuperar”.

Sobre o aproveitamento de jogadores como os atacantes Edu e Derik, o técnico afirmou que o centroavante recém-chegado ainda está em processo de recondicionamento físico, mas será integrado gradualmente.

— O Edu conseguiu jogar cinquenta e poucos minutos, daqui a pouco vai jogar um pouco mais. Enquanto não estiver 100%, não abrimos mão da importância do Derik, o mais indicado para fazer essa função. Quando o Edu estiver pronto, podemos jogar com os dois, não podemos perder a força que estamos ganhando.

Guto encerrou projetando uma retomada imediata na próxima rodada, mesmo atuando fora de casa

— Espero que dentro de casa tenha sido a última derrota, mas a gente não tem essa certeza também. Se perdermos pontos aqui, temos que buscar fora para reequilibrar a campanha — concluiu.

Cuiabá 2 x 3 Operário-PR - 7ª rodada - Série B - Arena Pantanal — Foto: AssCom Dourado

Cuiabá 2 x 3 Operário-PR – 7ª rodada – Série B – Arena Pantanal — Foto: AssCom Dourado

No momento, o Dourado ocupa a quinta colocação da Série B, com 12 pontos. Porém, o time mato-grossense pode perder mais posições ao longo da sétima rodada. (GE)