A vereadora e presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Paula Calil (PL), defendeu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o contrato entre a prefeitura de Cuiabá e a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo.

Para a vereadora, o contrato entre as partes ainda não está “claro.” Ela afirma também a empresa tem recebido pagamentos da prefeitura, mas não não tem cumprido as contrapartidas acordadas.

“Eu, não só como governadora, mas como cidadã, sou favorável [à abertura da CPI]. Uma vez que a empresa CS Mobi, ela está recebendo e ela não tem [cumprido] a contrapartida dela. Que é justamente a construção do mercado público municipal, restauração do Centro Histórico de Cuiabá”, disparou em entrevista nesta terça-feira (28).

“Nós não temos um cronograma. Isso não ficou claro para a população. Então é importante que venha para a Câmara e a gente abre uma CPI para poder trazer essa discussão. É uma das coisas que eu até falei durante a minha campanha. A empresa está arrecadando e não está fazendo nada”, completou.

A vereador afirmou também que os usuários estão insatisfeitos com o modelo de estacionamento implantado pela empresa. A falta de segurança, diz Paula, é motivo de descontentamento geral entre os usuários do serviço.

“As pessoas não estão satisfeitas na questão de que estão pagando, colocando o carro na rua, estacionando na rua, não tem segurança, e ainda por cima o que eles tinham que fazer. São as obras e eles não estão fazendo uma exploração por 30 anos. Então, a concessão é por 30 anos. Tem que abrir uma CPI e também trazer ideias de que maneira que vai ser feito”.

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), também apoia a abertura da CPI para apurar possíveis irregularidades no contrato. Em uma reunião realizada na quarta-feira (22), o prefeito anunciou a intenção de romper o contrato com a CS Mobi.

Segundo o prefeito, a prioridade é buscar um rompimento amigável entre as partes, mas caso isso não seja viável a administração municipal recorrerá a meios jurídicos para encerrar o contrato.

Durante o encontro, foi destacado que o contrato previa um pagamento mensal de cerca de R$ 650 mil por parte da prefeitura à empresa.

O prefeito também afirmou os cuiabanos não se adaptaram ao modelo de estacionamento rotativo implantado pela empresa, o que contribuiu para os problemas de operacionalização do serviço. Além disso, Brunini destacou que as obras propostas pela CS Mobi não oferecem vantagem urbanística ou financeira significativa para Cuiabá, tornando inviável a continuidade do contrato.

(Olhar Direto)