O vereador Dilemário Alencar (União) encaminhou para a Câmara Municipal um requerimento pedindo a convocação do diretor da empresa CS Mobi para prestar esclarecimentos sobre as irregularidades relatadas pelo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL).

Na semana passada, Abilio defendeu que a Câmara abra uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o contrato feito entre a Prefeitura, na gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), e a empresa, que é responsável pelo estacionamento rotativo.

“Se não tiver elementos para justificar essas situações, eu acho que aí não tem porquê a Câmara não abrir uma CPI”

“Apresentei aqui na Câmara Municipal um pedido de convocação do diretor da empresa CS Mobi, que é responsável pelos serviços do estacionamento rotativo. A Câmara está de recesso então esse meu pedido de convocação vai ser discutido na primeira sessão do parlamento, que será dia 4”, afirmou Dilemário em entrevista ao MidiaNews.

Segundo Abilio, ao assumir o cargo, identificou que a CS Mobi teria feito um empréstimo no final de 2024, utilizando a Prefeitura como fiadora. No entanto, a medida não passou pelo Legislativo Municipal e nem recebeu parecer da Procuradoria Geral do Município.

Além de questionar o empréstimo, Dilemário afirmou que a convocação também vai tratar o contrato de concessão de estacionamento rotativo e a cláusula de pagamento de R$ 650 mil mensais por parte da Prefeitura.

O diretor também deverá esclarecer quanto a empresa arrecadou com a cobrança do estacionamento rotativo até o momento.

“Acho que a vinda é importante até para dar direito a respostas a essa empresa. Ou seja, venha e justifique. Se não tiver elementos para justificar essas situações, aí não tem porquê a Câmara não abrir uma CPI”, afirmou.

Dilemário disse que colocará o requerimento em regime de urgência para que possa ser votado já na primeira sessão da Câmara. Caso seja a aprovado, a presidente, vereadora Paula Calil (PL), ficará responsável por convocar o diretor da empresa.

Rompimento de contrato

Na última semana, Abilio se encontrou com representantes da CS Mobi e anunciou a intenção de romper o contrato. Ele determinou, ainda, que a Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados (Arsec) realize uma auditoria detalhada no contrato e que a Procuradoria do Município elabore um parecer técnico que avalie a viabilidade e os desdobramentos legais do rompimento.]

QueVereador não descarta CPI e vai convocar diretor da CS Mobistionado, Dilemário também defendeu o rompimento do contrato e apontou indícios de “má-fé” por parte da empresa e da antiga gestão da Prefeitura.

“Essa revelação feita pela Prefeitura de que essa empresa recebe R$ 650 mil por mês dos cofres públicos, demonstra que houve um ato de má-fé, ou até mesmo um ato doloso por parte do ex-prefeito Emanuel Pinheiro”, disse.

“Você vê o Centro praticamente esvaziado depois que essa empresa começou a fazer a cobrança do estacionamento de rua. Então, hoje é um clamor da população para acabar com esse tipo de serviço que não trouxe benefícios”, completou.

(MidiaNews)