O depoimento de uma testemunha sobre o caso da jovem que foi drogada e estuprada depois de ir a uma casa de festas de Cuiabá, no último sábado (18), coloca o motorista de aplicativo, que levou as duas para casa, como suspeito do crime.
A vítima foi deixada num posto de gasolina na região do bairro Santa Cruz II completamente desorientada. A mãe acompanhou a filha até o banheiro e visualizou marcas nas suas regiões íntimas.
À ocasião, a jovem alegou que só se recordava de ter conhecido um rapaz na festa, ingerido bebidas alcoólicas e, na sequência, já estava no posto de combustível, sem saber como havia chegado até lá.
Mas, conforme o relato da amiga da vítima, que estava presente no dia dos fatos, as duas chegaram na casa noturna por volta das 22h30. Logo em seguida, foram convidadas para ficar no camarote de um homem, que estava patrocinando bebidas alcoólicas.
No camarote, as duas consumiram whisky e a jovem que sofreu a violência sexual chegou a passar mal e vomitou por diversas vezes. Ela foi socorrida por outros ‘vips’ e pelo próprio homem que fez o convite para ficarem na área exclusiva.
Depois de vomitar, ela começou a beber água e logo se reestabeleceu, permanecendo no local até as 3h. Neste horário, as amigas resolveram ir embora e acionaram um carro por aplicativo.
A testemunha relata que a amiga estava consciente, rindo e conversando quando as duas deixaram a boate e entraram no carro. A jovem contou que o motorista não interagiu com elas, mas ficou as observando através do retrovisor.
Quando ele a deixou em casa, pediu para que tivesse cuidado com a amiga. Também solicitou que a amiga mandasse mensagem quando chegasse em sua residência.
Contudo, a vítima não deu sinal e a testemunha só foi saber do ocorrido na noite do dia seguinte, quando a mãe da jovem entrou em contato.
A testemunha também afirmou que a amiga ganhou um remédio para enjoo de uma pessoa desconhecida, ainda na balada, mas não soube informar se o comprimido foi ingerido e se realmente se tratava de um medicamento para combater tais sintomas.
No âmbito da apuração, a casa noturna entregou todas as imagens de câmeras de monitoramento feitas no dia dos fatos. O caso segue sob investigação da Polícia Civil. (HNT)