O vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (AprosojaMT), Luiz Pedro Bier, comemorou o aumento da produção de soja que está projetado para o estado até 2034. Na próxima década, Mato Grosso deve se manter na liderança da produção e exportação em diversos setores do agronegócio.

A estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta uma produção de 64,52 milhões de toneladas da oleaginosa na safra 2033/34. Se confirmada, essa marca representará um crescimento de 65,22% em relação à safra anterior, de 2023/24, quando a produção foi de 39,05 milhões de toneladas.

Em conversa com o Agro Olhar, o vice-presidente da Aprosoja comemorou os dados divulgados pelo estudo. Ressaltou ainda que o estado também terá uma expansão na área de cultivo de até 33%. Sendo assim, de 12,48 milhões de hectares para 16,62 milhões até 2034. “Mato Grosso hoje é o maior produtor de soja do Brasil. A gente sabe que, se aqui fosse um país, nós seríamos o quarto do mundo na produção. E a projeção para os próximos 10 anos mostra isso, se espera uma área de mais de 16 milhões de hectares plantados aqui no estado na safra 2033/34”, comemorou.

Na safra 2023/24, a produção foi prejudicada pelo impacto do El Niño, que trouxe seca, altas temperaturas e irregularidades nas precipitações. Esse cenário resultou em uma das produtividades mais baixas dos últimos sete anos.

Mesmo diante da insegurança causada pelo clima, Luiz Pedro Pier pontuou a espera de um cenário mais favorável, com incremento no rendimento das lavouras. De acordo com o Imea, a produtividade média deve passar dos atuais 52,16 sacas por hectare para 64,71 sacas por hectare em 2033/34, o que representa um crescimento de 24,06% e uma taxa média de avanço anual de 2,18%.

“Sabemos que o clima tem causado insegurança, a luta por políticas públicas que melhorem as condições do produtor rural precisa continuar, para que os avanços no rendimento da produção continuem, uma vez que a expectativa para daqui a 10 anos, seja de 64,71 sacas por hectare, e assim Mato Grosso passaria de 39 para 64 milhões de toneladas de soja.”, ressaltou.

(Olhar Direto)