Cruz foi feita com vidro e pedras coloridas usando a técnica de micro-mosaico — Foto: Emil Aladjem/Autoridade de Antiguidades de Israel

Durante um passeio de escolar pelo bairro de Ein Karem, em Jerusalém, um menino de 10 anos encontrou um medalhão em formato de cruz feito entre 100 e 200 anos atrás.

As crianças estavam ao ar livre, em uma atividade que envolvia colher plantas comestíveis, quando o pequeno viu um objeto colorido brilhando na terra. Ele puxou o objeto e percebeu, com empolgação, que se tratava de um pendente exótico.

O artefato, feito com técnica de micro-mosaico, é composto por vidro e pedras coloridas.

“O método de fabricação exigia habilidade especializada, incluindo o posicionamento preciso de vidro e pequenas pedras preciosas coloridas para formar padrões em miniatura”, explicou Amit Re’em, arqueólogo distrital de Jerusalém da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), em comunicado.

Originada na Itália, a técnica de micro-mosaico teve início no Renascimento (entre os séculos 15 e 16) e alcançou seu ápice de popularidade no século 19 em Roma.

Os arqueólogos sugerem que o medalhão provavelmente foi perdido por um peregrino europeu, o que demonstra a centralidade da Terra Santa para as três religiões monoteístas (cristianismo, islamismo e judaísmo).

Originalmente uma vila judaica no período do Segundo Templo (539 a.C. – 70 d.C.), Ein Karem é um lugar significativo para a tradição cristã.

Segundo o Evangelho de Lucas, é o local de nascimento de João Batista, um profeta judeu do século I conhecido por batizar seguidores no Rio Jordão; entre eles, Jesus Cristo. Sua localização estratégica entre Belém e Jerusalém o transformou em um ponto de peregrinação, onde foram construídas diversas igrejas e mosteiros.

“Esta descoberta emocionante, no mês em que os cristãos celebram o Natal, destaca Ein Karem como um lugar central de peregrinação cristã na Terra de Israel”, afirmou Eli Escusido, diretor da IAA, que agradeceu a Nehorai Nir por relatar o achado.

(Por Redação Galileu)