ELUISE DORILEO
Após o nascimento da filha e o período inicial junto à mãe, é crucial que ela seja encorajada pela mãe a se aproximar do pai. Geralmente, há uma forte conexão entre pai e filha, e essa proximidade ajuda a filha a compreender a energia masculina.
Quando adulta, essa compreensão da energia masculina, herdada do pai, facilitará para a filha reconhecer traços masculinos saudáveis em seus relacionamentos. Essa compreensão é essencial para um relacionamento bem-sucedido.
Conhecemos casos em que a filha fica demasiadamente ligada ao pai, não retornando à mãe para desenvolver sua própria identidade feminina. Isso pode resultar no domínio excessivo da energia masculina em sua personalidade, levando-a a perder sua atratividade para os homens. Nestes casos, ela tende a atrair relacionamentos com homens mais passivos e indecisos.
Sabemos que uma “filhinha do papai” tende a encontrar dificuldades em se entregar completamente a um parceiro, pois inconscientemente compara todos os homens ao pai, considerando-o como o único modelo adequado de marido.
Normalmente, a razão pela qual uma filha não se desliga da influência do pai está relacionada à ausência emocional da mãe. Quando a mãe não consegue se conectar emocionalmente com o pai da filha, a filha muitas vezes assume esse papel, buscando suprir as necessidades emocionais do pai.
Infelizmente, o resultado desse vínculo excessivo entre pai e filha é frequentemente o fracasso de dois relacionamentos importantes: o dos pais entre si e o da filha com seu futuro parceiro.
(*) ELUISE DORILEO é psicóloga, terapeuta familiar.
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