Abel Ferreira responde a uma ação na Fifa em que o Al-Sadd, do Catar, alega a assinatura de um pré-contrato não cumprido com o português – para assumir o clube em 2024. O Palmeiras, contudo, está ciente do caso, colocou o jurídico à disposição e deixa evidente o respaldo ao seu treinador.
Foi o que disse a presidente Leila Pereira, nesta segunda-feira, após a reunião na CBF sobre mudanças de calendário no Brasileiro, em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul. A mandatária também falou sobre a ação de John Textor e o caso de negociação da SAF Vasco com a Crefisa.
– Abel tem contrato conosco até dezembro de 2025. Isso que nos interessa. Ele está onde quer estar e meu grande desafio seria que, se o associado continuar confiando no meu trabalho, me reeleger presidente, eu gostaria que o Abel ficasse conosco até o último dia do meu mandato – disse a presidente.
– Esse é o grande ponto, gente. Al Sadd… Eu nem lembro desse clube. Vocês que me lembram desse clube. O mais importante é que o Abel está no Palmeiras. Ele ama estar no Palmeiras e tenho certeza que o torcedor também.
Questionada se o episódio mexe com a confiança do clube sobre o treinador, Leila descartou a possibilidade.
– De jeito nenhum. O Abel tem nossa mais profunda consideração. É um treinador extremamente sério e focado, então ele tem muita credibilidade conosco. Já falei com ele: “Abel, seu foco é no Palmeiras, a sua casa é aqui”. É um técnico extremamente vitorioso, que tem minha total confiança e vou fazer o possível e impossível para Abel ficar até o fim do meu mandato – concluiu.
E a SAF Vasco?
Ao longo dos últimos dias, o nome da presidente esteve envolvido em questionamentos da oposição no Palmeiras devido a uma negociação da Crefisa – através da Crefipar, com José Roberto Lamacchia, dono da empresa e marido de Leila – para compra das ações da 777 na SAF Vasco. Lamacchia negou a história, e dias depois a negociação foi posta como encerrada.
– Como todos vocês sabem eu sou presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, em novembro vamos ter eleição, eu sou candidata à reeleição. Eu como presidente do Palmeiras e meu marido como primeiro cavalheiro do Palmeiras não poderia em hipótese nenhuma negociar a compra de um clube – disse Leila.
– Minhas empresas são grandes patrocinadoras do futebol brasileiro, tem clubes que procuram a gente sim.
E o Textor?
Dono da SAF Botafogo e expoente de polêmicas com o Palmeiras ao longo dos últimos meses, John Textor acionou Leila Pereira na Justiça por injúria e difamação. Ele alega ter sido ofendido três vezes, citando os termos: “fanfarrão”, “vergonha do futebol brasileiro” e “idiota”.
A presidente diz que ainda não recebeu a notificação da Justiça e por isso não tem detalhes do caso. Explicou, portanto, somente o motivo de suas declarações;
– Eu vi pela imprensa, mas não recebi nada… E eu não tenho o que apaziguar. Eu sou Leila tranquila, paz e amor. Eu quero a paz, o melhor para o futebol. O que eu não posso deixar é a gente denegrir o trabalho brilhante de todos nossos profissionais. Eu não posso deixar quem quer que seja é diminuir o trabalho dos nossos atletas e profissionais.
– O que eu respondi o Textor foram em virtude das palavras dele, colocando em xeque nossos títulos de 2022 e 2023.
(GE)