O senador Marcos Pontes, oficial da Força Aérea Brasileira, primeiro astronauta brasileiro em missão espacial e ex-ministro da  Ciência, Tecnologia e Inovações defendeu, durante visita a Cuiabá, a implantação do programa Vigia Mais MT em todo o país. Nessa quinta-feira (02.05), ele conheceu de perto a ferramenta apresentada pelo secretário estadual de Segurança Pública, coronel César Roveri.

Pontes teve acesso ao centro de controle do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), onde chegam as imagens das câmeras do Vigia Mais já instaladas em 120 cidades.

“Espero que essa tecnologia que está beneficiando a população de Mato Grosso passe a ser propagada em todos os estados. Parabéns ao Governo do Estado e Sesp pela implantação do programa e, em especial, por entenderem o quanto a tecnologia pode fazer diferença na ponta, nos serviços prestados aos cidadãos. Sabemos que segurança é uma das maiores preocupações da população”, enfatizou.

Na análise de Marcos Pontes, o videomonitoramento pode intimidar a ação de criminosos, além de flagrar situações de crimes e produzir provas para investigações. “Produzir provas não é uma tarefa fácil, mas um programa como esse torna-se importante aliado no trabalho policial”, observou ele. “O uso de tecnologias e da inteligência artificial é um caminho sem volta, um serviço perene que precisa ser assegurado não importa quem esteja no poder”, completou ele.

A visita foi acompanhada do senador mato-grossense Wellington Fagundes, que já conhece o Vigia Mais MT.

Para Fagundes, em um estado com a dimensão territorial de Mato Grosso (903.357 km²) e uma população relativamente pequena(3,6 milhões, conforme Censo 2022), além do emprego dos recursos tecnológicos e da inteligência, é necessário que as instituições atuem de maneira integradas nas ações de segurança. “A tecnologia auxilia de forma inteligente, fazendo com que a polícia esteja presente em todos os lugares”, pontuou.

O secretário César Roveri lembrou que gestores de segurança pública de outros estados já estiveram em Mato Grosso para conhecer o Vigia Mais. “Recebemos as visitas dos secretários do Amapá, Rondônia, Acre, Roraima e Maranhão”, citou ele.

Roveri explicou ao senador Marcos Pontes que a Lei Estadual 11.766, de maio de 2022, regulamentada pelo decreto governamental 1.522, de novembro do mesmo ano, foi pensada exatamente para tornar o Vigia Mais uma política de Estado voltada ao videomonitoramento em segurança pública. Um serviço permanente visando a redução dos índices de violência e levando mais sensação de segurança à população. Além disso, tem como objetivo a produção de provas para esclarecer crimes e identificar criminosos.

Ele destacou que as câmeras são parte dos investimentos do Governo do Estado em Segurança Pública dentro de uma política que incluiu a mudança da radiocomunicação analógica para a digital, permitindo que as forças policiais operem com sistema mais seguro em todos os municípios.

Roveri informou que a integração ao sistema Ciosp para monitoramento da BR-163 é viável e pode ser assegurada com parceria entre a Sesp, Polícia Rodoviária e a empresa que opera no trecho de Mato Grosso, após Wellington Fagundes comentar sobre a possibilidade de instalação de câmeras em toda extensão rodovia em Mato Grosso.

“Já atuamos de forma integrada”, pontou ele, mencionando como exemplo a oferta do sinal de radiocomunicação digital cedido pelo Estado à força federal nessa rodovia.

Também participaram do encontro com os senadores, o secretário-adjunto de Segurança, coronel Hérverton Mourett; o coronel Flávio Gledson, diretor de Projetos da Ses;  delegado Cláudio Alverez, superintendente do Ciosp; o tenente-coronel Adonival e  tenente-coronel Alencar, chefe de gabinete da  Sesp, que fez a explanação tecnica do Vigia Mais MT aos senadores.

Vigia Mais MT

Com investimento aproximado de R$ 30 milhões, o Governo do Estado está equipando os 142 municípios com o que há de mais moderno em videomonitoramento. São 15 mil câmeras distribuídas aos municípios de acordo com critérios, como população, área territorial e localização geográfica do ponto de vista das estratégias da segurança pública.

Pela Lei 11.766/2022, que criou o programa, além de órgãos dos poderes públicos federal, estadual e municipal, a adesão pode ser feita com entes privados, ou seja, empresas, associações, entre outros. A exigência é a mesma apresentada aos órgãos públicos, ou seja, que as câmeras sejam instaladas para monitorar ruas, avenidas, praças e outros espaços públicos de interesse da segurança coletiva.