A briga entre a fazendeira Inês Gemilaki e o garimpeiro ‘Polaco’ teria começado depois que ela suspeitou estar sendo monitorada pelo homem dentro da casa que alugava. Depois, o imóvel foi alvo de lítigio, o que elevou a temperatura do desentendimento entre os dois. Derrotado na Justiça, o garimpeiro teria continuado com a cobrança com métodos extrajudiciais. A desavença, que já durava cerca de três anos, culminou no atentado em que, ao tentar matar Polaco, Inês e o filho dela, Bruno Gemilaki, acabram matando outras duas pessoas no domingo (21), em Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá).
Durante a vigência do aluguel, Polaco teria reclamado com Inês sobre as condições da piscina do imóvel. Como o garimpeiro não tinha mais acesso ao interior da casa, Inês concluiu que o proprietário a estava monitorando pelas câmeras do circuito interno de segurança da residência. A situação deixou a mulher incomodada, visto que ela tinha o hábito de andar semi-nua pelo imóvel.
Depois dessa situação, Inês desligou as câmeras da casa. No fim do contrato de aluguel, ocorreram mais brigas entre locador e locatária em virtude da falta de pagamento de um aluguel e das condições precárias em que a mulher teria, em tese, deixado a casa. Por isso, Polaco, por meio da proprietária legal do imóvel, Raquel Soares da Silva, entrou com ação contra Inês, cobrando R$ 59,1 mil.
Inês ganhou a demanda na Justiça, mas Polaco teria continuado com cobranças e intimidações contra ela pelas ruas de Peixoto de Azevedo. No domingo, a fazendeira e o filho, Bruno Gemilaki, estavam na casa da cunhada de Inês quando, após ingerirem bebida alcoólica, teriam partido na empreitada para matar Polaco. O crime, contudo, não atingiu o objetivo. Eles acabaram vitimando Pilson Pereira da Silva, 80 anos, Rui Luiz Bolgo, 68 anos, que não tinham relação com a briga.
(HNT)