O desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Júlio Jacob Júnior, pediu vista do processo que visa a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil), durante a 18ª Sessão de Julgamento, realizada nesta segunda-feira (08.04). A sessão terminou com 3 votos favoráveis ao ex-juiz Sergio Moro e um contra. A sessão será retomada nesta terça-feira (09.04), às 14 horas, com a expectativa de que os desembargadores que ainda não votaram apresentem seus votos.

Na sessão da última quarta-feira (03.04), o desembargador eleitoral José Rodrigo Sade posicionou-se a favor da cassação e da inelegibilidade por 8 anos do senador e ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil). Ele destacou a gravidade do caso em análise, comparando-o ao que resultou na cassação da ex-senadora de Mato Grosso, Selma Arruda, em 2018.

Devido ao pedido de vista da desembargadora federal Cláudia Cristina Cristofani, o julgamento das duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs), que pedem a cassação do mandato de Moro, foi interrompido.

Na sessão de hoje, a desembargadora federal Cláudia Cristina Cristofani, que havia solicitado vista anteriormente, votou pela manutenção do mandato de Sérgio Moro. Em seu voto, Cristofani questionou se o montante que Moro gastou em sua pré-campanha foi determinante para sua vitória. Segundo ela, essa incerteza coloca em questão a legitimidade do resultado eleitoral, levantando a preocupação sobre a possível compra de votos através de financiamento excessivo.

A desembargadora ressaltou que a relação de causa e efeito entre gastos e votos não é tão direta quanto parece. Existem diversas variáveis em jogo, como o capital político do candidato, sua reputação, suas propostas e sua capacidade de mobilização, que podem impactar significativamente o resultado eleitoral.

O desembargador eleitoral Guilherme Frederico Hernandes Denz, preferiu antecipr seu voto, optando pela improcedência da denúncia contra o ex-juiz.

Os votos foram apresentados em duas ações, protocoladas pelo PL e por uma federação composta por PT, PCdoB, e PV. Eles acusam o senador de abuso de poder econômico por realizar gastos excessivos no período da pré-campanha de 2022, antes da oficialização das candidaturas.

(VGN)