O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou que Chapada dos Guimarães poderá ir à falência se os órgãos federais não aprovarem o projeto apresentado pelo Governo do Estado para acabar com os deslizamentos de rochas no Portão do Inferno, na MT-251.
O deputado defendeu acionar a Justiça caso haja reprovação por parte do IMCBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente).
“A cidade precisa da obra para sobreviver, se não acaba. Lá vive de turismo em função dessa rodovia. Setenta por cento da economia de Chapada é baseada no fim de semana da população de Mato Grosso que vai para lá”, disse.
“[Se os órgãos federais recusarem] só tem um caminho: o Judiciário. O governo impetrar um mandato de segurança contra a decisão, porque senão vai inviabilizar Chapada, vai falir”, acrescentou.
Júlio defendeu o projeto mencionando que obras semelhantes foram feitas em outras cidades e disse crer que a bancada mato-grossense em Brasília convencerá os órgãos federais a autorizar o projeto.
“Já existe em outros lugares. No Paraná, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina… Esse trabalho é feito em todas as rodovias que têm desabamento. Não seria aqui que o radicalismo vai prejudicar o município. Acredito que é a solução mais rápida”, considerou.
“É um projeto que não é tão caro e nem demorado para ser executado. Então acho viável. Acredito que um trabalho em conjunto com o governo do Estado com a bancada federal, senadores e deputados junto com a direção do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente, viabiliza a autorização e a obra poderá ser executada no período da seca”, concluiu.
A obra
O acesso a Chapada dos Guimarães através da MT-251 foi prejudicado pelos deslizamentos de rocha ocorridos no Portão do Inferno. Por causa disso, a economia da cidade tem sido prejudicada.
O Governo do Estado assinou na quinta-feira (28) o contrato de R$ 29 milhões para realizar a obra que colocará fim aos deslizamentos. O projeto prevê em 120 dias a retirada total do maciço do Portão do Inferno, por meio de uma obra de “retaludamento” da encosta.
O retaludamento é um processo de terraplanagem através do qual se alteram, por cortes ou aterros, os taludes originalmente existentes no local, para se conseguir uma estabilização do mesmo.
(MidiaNews)