Dr. Luiz Fernando deixou o Republicanos e aceitou o convite do União Brasil. A sondagem pelo diretório municipal do partido começou ainda em 2023, durante o período de intervenção do governo na Secretaria da Saúde da Capital. O discurso do médico em oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) se alinhou às pautas do UB e, aos poucos, o relacionamento entre ambos foi se estreitando. Luiz Fernando ampliou a bancada da agremiação, que agora conta com três vereadores no Legislativo.
Outro vereador da oposição que também trocou de ‘casa política’ foi Fellipe Corrêa. O autor do requerimento que abriu a comissão processante para investigar Emanuel saiu do Cidadania para integrar o grupo dos bolsonaristas, filiando-se ao PL. A escolha surpreendeu, pois Fellipe estava próximo ao União Brasil.
Luís Cláudio também aproveitou a janela para acatar o pedido de desfiliação do PP e foi recebido pela executiva do MDB. O vereador foi convidado a deixar o partido quando não acatou a recomendação de sair da base de Emanuel Pinheiro. Luís estava como vice-líder do governo, mas se despediu da Câmara nesta semana, pois o titular da cadeira, o secretário de Habitação do Cuiabá, Marcrean Santos (PP), retorna à Casa de Leis.
PRÓXIMAS MOVIMENTAÇÕES
Dilemário Alencar abraçou o convite do União Brasil e está de malas prontas do Podemos. As investidas do vereador ao grupo do governador Mauro Mendes (UB) é antigo e sua postura de oposição extrema vai a Emanuel segue as premissas da legenda.
Rogério Varanda (MDB) vai se filiar ao PSDB junto com Rodrigo Arruda (Cidadania).
Wilson Kero Kero rompe com o Podemos, para ser o único vereador do Partido da Mulher Brasileira.
Lilo Pinheiro também quebra o ciclo no PDT para se filiar a legenda que dentro do arco de alianças do pré-candidato à Prefeitura, Eduardo Botelho. Da mesma forma que o PSD, a nacional do PDT afiançou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apoiará o nome da Federação Brasil Esperança em Cuiabá e em outras capitais.
TRÊS SEGUEM INCERRTOS
Cezinha Nascimento (União Brasil), Kássio Coelho (PRD) e Marcus Brito (PV) ainda estão em cima do muro. Cezinha e Marcus assumiram posturas que divergem do posicionamentos dos partidos e sofreram retaliações internas. Kássio Coelho se desentendeu com a mesa diretora da executiva estadual ao ser excluído do formação e sinalizou a intenção e começou a negociar com o Podemos.
Diferente de Cezinha, Marcus Brito desferiu críticas pesadas a Emanuel e perdeu cargos na Prefeitura de Cuiabá. Todos os comissionados indicados pelo vereador foram exonerados. Marcus é do mesmo partido que o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV). A sigla nega a saída, mas Brito confirmou a sondagem por outras siglas e sua inclinação a aceitar.
Kássio Coelho amargou a exclusão dos pares ao não convocá-lo para a executiva estadual do PRD. O vereador que foi responsável pelas conjunturas iniciais do partido foi escanteado e recebeu convite da nacional do Podemos para se filiar. No entanto o presidente do PRD em Mato Grosso, Mauro Carvalho, conversou recentemente com Coelho e sua saída pode ser repensada.