O Ministério Público emitiu parecer contrário ao pedido da Polícia Federal pela alienação antecipada de 336 pedras de diamantes apreendidas com o ex-secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Nilton Borgato, durante a ‘Operação Descobrimento’, que mirou suposta organização criminosa voltada ao tráfico internacional de cocaína. As pedras preciosas, divididas em 12 lotes, são avaliadas em R$ 383,1 mil.
De acordo com parecer do Ministério Público Federal (MPF), os diamantes podem permanecer guardados em depósito sem correr risco de deterioração e desvalorização. A manifestação, contudo, deu-se em sentido contrário com relação aos relógios de luxo apreendidos com a ex-doleira Nelma Kodama, também investigada na operação.
Com Borgato, foram apreendidos cinco lotes contendo um diamante cada com pesos que variavam de 0,5 g até 2 g. Os outros sete sacos de diamantes encontrados com o ex-secretários continham pedras de menor tamanho, mas em maior quantidade, chegando a 77 diamantes num único lote. Ao todo, foram encontradas 62,6 gramas de diamantes com Borgato – ou 313,4 carats (medida destinada às gemas) – avaliadas em R$ 383,1 mil.
Os relógios apreendidos com Kodama foram avaliados em R$ 226,5 mil. Ao todo são cinco unidades das marcas Cartier, Jaeger-Le Coultre, Oficina Del Tempo e Bvlgari. Com relação a esses bens, o MPF considerou a alienação antecipada medida adequada e urgente para a conservação dos bens.
“Ante o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL manifesta-se parcialmente favorável ao pleito, no sentido de autorizar a alienação antecipada dos cinco relógios apreendidos em poder de Nelma Mitsue Penasso Kodama, conforme requerido pela Polícia Federal”, concluiram os procuradores da República Ana Paula Carneiro Silva e Goethe Odilon Freitas de Abreu, que assinam o documento.
(HNT)