Um homem de 73 anos morreu em decorrência da chikungunya no município de Tangará da Serra (242 km de Cuiabá). É a primeira morte da doença registrada em 2024 no Estado. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Na cidade, foi decretada situação de emergência diante da epidemia das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, zika e a chikungunya), onde uma morte por dengue também já foi confirmada neste ano.
Conforme a pasta municipal, a vítima tinha comorbidade, como diabetes e hipertensão. O idoso apresentou os sintomas da doença, que incluem dor de cabeça, dor atrás dos olhos, nauseas e vômitos, e estava internado em uma unidade de saúde particular da cidade. A confirmação da morte ocorreu na última semana, após a realização de exames específicos.
A suspeita da morte por causa da doença estava em investigação pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), como consta no informe epidemiológico n° 5, divulgado também na semana passada. A cidade concentra a maior parte dos possíveis casos de chikungunya do Estado, tendo já registrado um total de 1.970 somente em 2024. A confirmação da morte será divulgada no próximo informe epidemiológico.
Segundo a SES-MT, em todo o estado de Mato Grosso, um total de 2.354 casos de chikungunya foram notificados. Desses, 2.094 foram confirmados.
EPIDEMIA EM TANGARÁ DA SERRA
Em fevereiro, Tangará da Serra decretou situação de emergência em razão da epidemia de dengue e chikungunya enfrentada na cidade. O gestor municipal, Vander Alberto Masson, considerou o aumento dos casos de infectados por doenças transmitas pelo Aedes aegypti e limite máximo de casos notificados para o período atual de 2024.
No começo deste ano, uma morte por dengue hemorrágica também foi confirmada pela SMS. A vítima era uma homem de 62 anos que esteve internado por quatro dias numa unidade de saúde da cidade.
PREVENÇÃO
A Prefeitura de Tangará da Serra, por meio da SMS, informou que tem realizado ações na cidade visando à conscientização da população para doença. O secretario da pasta, Wellington Rossiter Bezerra, declarou que os agentes de endemias têm realizado mutirões nas residências. Contudo, tem havido muita resistência por parte da população em deixar os agentes entrar nas casas.
“A população pensa que é responsabilidade da prefeitura, dos políticos, vereadores limpar os quintais. Não é eles que devem fazer a limpeza e sim, os donos. É importante a população fazer a parte dela”, declarou.
Wellington Rossiter informou que nesta semana também teve início o trabalho de fumacê na cidade e o secretário acredita que, com essa ação, os casos possam diminuir na cidade.
(HNT)