Sócio majoritário da SAF do Botafogo, John Textor fez fortes acusações, em entrevista ao jornal “O Globo”, após a vitória do Glorioso sobre o Bragantino por 2 a 1, na madrugada de quinta-feira (7), no Estádio Nilton Santos, pela Libertadores. O empresário assegura ter gravações de árbitros brasileiros reclamando que não receberam propinas. Ele ainda estabelece um prazo para revelar, segundo ele, mais detalhes do que aconteceu na última edição do Campeonato Brasileiro.
“Nos últimos jogos do ano passado, o ódio foi tão forte que foi muito difícil para nós assistirmos. Não pode ser assim. Não vamos ganhar campeonatos assim. Os torcedores vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que eu sinto, mas eu não vou divulgar na imprensa. É irresponsável. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas sobre manipulações e erros”, iniciou.
Textor prossegue no ataque.
“Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu, aliás, não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da confederação). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas”.
Textor e o 2023 que ainda não acabou
O Botafogo contratou um estudo para analisar os erros de arbitragem e, diante do resultado, pediu, sem sucesso, a abertura de inquérito ao STJD. O clube, então, pode ir ao Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA) para que sua demanda seja, no mínimo, apreciada.
Textor foi processado, no ano passado, por Ednaldo Rodrigues. Após a derrota para o Palmeiras, no segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2023, o norte-americano disse que o torneio estava corrompido e atacou o mandatário da CBF. (Jogada 10)